Mesmo após o período de restrições impostas pela pandemia da Covid-19 e com todas as medidas de proteção bem claras, o Jardim Botânico de Poços de Caldas permanece fechado para visitação de turistas, moradores e instituições.
É de conhecimento geral que o local é de grande importância para o município, já que possui a missão de atuar na conservação da biodiversidade, em especial da flora do Planalto de Poços de Caldas e região, por meio da pesquisa, educação ambiental, mantendo acervos de materiais botânicos, promovendo a participação da comunidade com respeito aos valores multiculturais, a fim de proporcionar qualidade de vida.
Com a volta de praticamente todas as atividades comerciais, além de eventos e shows, a população e os turistas se perguntam qual a razão para que o Jardim Botânico continue fechado. O Alô Poços procurou a administração, mas até a publicação desta matéria não obtivemos resposta.
História
A Instituição começou a ser idealizada em dezembro de 2001 como parte de ações integradas para gestão ambiental em Poços de Caldas. No início, pensava-se que o Jardim Botânico seria apenas um órgão ligado à administração pública municipal que pudesse concentrar todas as providências relativas à manutenção de Parques e Jardins, Unidades de Conservação e Implantação de Parques em áreas de propriedade da Prefeitura.
Para melhor compreensão dos objetivos de um Jardim Botânico a administração promoveu em dezembro de 2001 um seminário para aprofundar as discussões e também difundir a ideia da criação da instituição. Como fruto deste seminário surgiu a Sociedade dos Amigos do Jardim Botânico e também a criação de uma Comissão Executiva encarregada de organizar a formação física, administrativa e legal do Jardim Botânico. Uma das responsabilidades da Comissão foi a escolha da área para implantação, uma vez que haviam três ofertas para recebimento em doação: margens da Represa Saturnino de Brito (proprietário – DME); Retiro dos Carneiros (procurador do proprietário – Rio de Janeiro Imóveis) e Campo da Cachoeira (proprietário – Irmãos Ribeiro Comércio e Exportação Ltda.).
A escolha da área próxima ao loteamento Campo da Cachoeira foi baseada nos atributos naturais da área, que apresenta relevante beleza cênica, matas ciliares conservadas, campos nativos e topografia razoável, além da proximidade com o Criadouro Científico de Aves, que torna a região um polo ecológico para o município.
O trabalho da comissão foi fundamental para a consolidação da Fundação que apoiada pela Sociedade dos Amigos do Jardim Botânico conclui seus trabalhos em junho de 2003. Em 25 de julho do mesmo ano a Câmara Municipal autorizou a criação da Fundação com seu patrimônio inicial constituído pelas áreas em doação para implantação, através da Lei Complementar nº 37.