Com vários casos da doença em seu elenco, equipe foi impedida pelas autoridades de saúde da Itália de joga
Do portal Metrópoles – A confusão está instaurada no futebol italiano por conta do recente surto de Covid-19 nos clubes. Nesta quinta-feira (6/1), o dia de rodada cheia do Campeonato Italiano começou com uma partida que não aconteceu. A Inter de Milão, líder da competição, entrou em campo no estádio Renato Dall´Ara, em Bolonha, mas o rival, o Bologna, não. Com vários casos da doença em seu elenco, foi impedido pelas autoridades de saúde da Itália de jogar.
A Lega Serie A, organizadora da competição, não se pronunciou se haverá outra partida ou a equipe de Milão ganhará por W.O., com o placar de 3 x 0.
Por conta da não realização do jogo em Bolonha, Giuseppe Marotta, CEO da Internazionale, cobrou a Unidade Local de Saúde (ASL, na sigla em italiano) e lamentou a grande confusão criada, já que alguns jogos foram suspensos, enquanto outros irão ocorrer.
Segundo as regras da Lega Serie A, os clubes podem jogar desde que tenham pelo menos 13 jogadores disponíveis, incluindo um goleiro. No entanto, cada cidade tem sua própria ASL e todas interpretam os dados de maneira individual, podendo colocar equipes inteiras em quarentena.
“Em primeiro lugar, reafirmamos o objetivo primordial de todos: salvaguardar a saúde dos jogadores, dos torcedores, de todos aqueles que giram em torno deste esporte. Bologna estava pronto para o jogo e ele teve que passar pela decisão da ASL. Não existe uma diretriz para o esporte: precisamos de um protocolo que limite a competência da ASL, caso contrário essas situações se repetirão”, começou por afirmar.
“A questão do protocolo foi abordada no Conselho da Liga, que será anunciado em comunicado oficial. Estamos diante de um cenário de grande confusão e de difícil interpretação. Há partidas adiadas e outras que vão ser disputadas: isso porque cada ASL decide autonomamente. Portanto, aqui estão casos como o do Bologna x Internazionale, que não será disputado, e de Spezia x Hellas Verona, que será disputado apesar dos 11 casos positivos na equipe de Verona”, completou.
Marotta também foi firme na questão da vacinação. Para o dirigente, todos os atletas deveriam ser obrigados a se vacinarem. “Precisamos de uma diretriz, de uma discussão com o governo e os ministérios. A autonomia da ASL nas decisões, tomadas para salvaguardar a saúde pública, causa divergências, caso a caso. Certamente espero a introdução da total obrigação de vacinação para todos os jogadores. Se todos os atletas recebessem a terceira dose, a propagação do vírus e os danos à saúde seriam severamente limitados. Espero que todos tenham a vacina completa”, finalizou.