Presidente da ANMP, Dr. Luiz Argolo, afirma que categoria pode deflagrar greve por tempo indeterminado
A paralisação de 24 horas dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), realizada na última segunda-feira, 31, contou com ampla adesão da categoria: 90% dos servidores pararam com as atividades presenciais, segundo a Agência Nacional dos Médicos Peritos (ANMP). No entanto, por falta de um pronunciamento do Ministério do Trabalho e Previdência acerca das demandas da categoria, a Agência planeja uma nova paralisação de dois dias para a semana que vem, caso a situação se mantenha.
A ANMP informou ao “Congresso em Foco” que foram enviados três ofícios ao ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, sobre as reivindicações da Carreira e solicitações de audiência para debaterem soluções para solucionar os problemas dos peritos médicos federais. No entanto, até o fechamento desta matéria, o Governo Federal não deu qualquer espécie de retorno sobre os pedidos formulados.
Entre as principais demandas da categoria, estão a distribuição igualitária de agendamentos entre os turnos de atendimento, a realização de concurso para suprir um déficit de três mil profissionais e o reajuste salarial de cerca de 20%.
“Mesmo diante do resultado impactante do movimento, as autoridades ainda não nos deram resposta e, caso isso não se altere, a categoria realizará novas paralisações e, até mesmo, deflagrar greve por tempo indeterminado”, afirma o presidente da ANMP, Dr. Luiz Argolo.
Em assembleia geral extraordinária realizada na noite da segunda-feira, os médicos peritos decidiram que não irão mais repor a pontuação em débito decorrente dos faltosos e das agendas vazias a partir da terça-feira, 1º. A medida os desobriga de cumprir atividades profissionais nos casos de espaços vazios na agenda ou de pericias canceladas por falta do segurado.
A pericia médica é necessária para a concessão de benefícios para pessoa com deficiência que estejam em situação de vulnerabilidade social, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), auxílios doença e acidente e aposentadorias por incapacidade permanente ou deficiência.
Segundo levantamento da ANMP, cerca de 25 mil perícias que estavam agendadas para a última segunda-feira foram remarcadas por conta da paralisação. A Agência informará futuramente ao Ministério do Trabalho os dias da nova paralisação.
*informações Congresso em Foco