Psicóloga sexual, Gabriela Marinho explica o que acontece e dá dicas para você se soltar na hora do sexo
Do portal Metrópoles –
Já se questionou sobre os motivos de ter tesão, mas não conseguir se entregar de verdade ao prazer? Vontade, lubrificação e ereção não são garantias de que você estará ali presente no momento do sexo.
A psicóloga e sexóloga Gabriela Marinho esclarece que vários motivos podem atrapalhar a conexão total: “Medo e insegurança, experiências traumáticas, educação sexual punitiva e restritiva podem ser alguns fatores que impedem a pessoa de se entregar 100%”.
Mas não é só isso. Entenda o porquê muita gente, mesmo com muita vontade, acaba “ausente” na hora H.
Tesão fora do quarto
Fora do quarto, você está morrendo de tesão: durante o jantar, vendo um filme com o par ou ainda nos amassos quentes que começam longe da cama. Mas, na hora da transa, aparecem bloqueios mentais que não permitem que você se entregue totalmente.
A especialista explica que mesmo em situações de sexo casual ou dentro de um relacionamento o corpo tem respostas sexuais nas preliminares. “Mas no momento de ir para a cama pode ser que apareçam lembranças ou inseguranças capazes de reprimir o desejo”, indica Gabriela.
“O que pode acontecer é que, fora do quarto, homens e mulheres têm fantasias sobre sexo, mas na hora que vai acontecer a transa a pessoa entra em contato com medos e traumas. Aí, o corpo trava”, explica.
Broxar com a mente
Mesmo que fisicamente a pessoa, de fato, não broxe, quando se trata de sexo é preciso estar presente e conectado ao momento. E não só com o corpo. Gabriela reforça que, se a pessoa não estiver presente completamente, as chances são grandes de perder a lubrificação e a ereção.
“Pensando sobre o ciclo de resposta sexual, a gente deseja primeiro e depois se excita. Então, o corpo e a mente precisam estar bem conectados naquela hora. Se a cabeça não se entrega e começa a se podar, o corpo também para de responder. É a cabeça que vai mandando combustível”, esclarece.
Por isso, quando a mente manda mensagem negativa, o corpo suspende os estímulos, e a pessoa pode broxar.
Para a especialista, se corpo e mente não estiverem conectados no momento do sexo, a pessoa até consegue continuar na transa e fazer acontecer, mas não aproveita por não estar à vontade. “Para quem tem pênis, ou vai ejacular rapidamente ou perder a ereção. E as mulheres podem perder a lubrificação”, alerta.
Como estar presente?
E então, como deixar as preocupações de lado e se entregar na cama? Não parece ser tarefa fácil, mas é totalmente possível. E o autoconhecimento sexual será o principal elemento a ajudar nessas situações.
“O autoconhecimento em geral, não apenas o sexual, vai colaborar para melhorar a conexão. A gente precisa se conhecer para se entregar”, aponta a psicóloga.
Vale reforçar que é um processo de descoberta individual: entender quais questões precisam ser desconstruídas. E ainda entender que tipo de pegada, de sexo e de relação mais satisfaz.