O tema da “live” da ACD de hoje, 07, está na pauta em todo o país, diante de duas propostas de emenda constitucional apresentadas no Congresso Nacional para reduzir impostos sobre combustíveis.
Artigo publicado pela AEPET mostra que a alta no valor cobrado pelos combustíveis é resultado da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada pela Petrobras desde a gestão de Pedro Parente. Esta política coloca o preço dos combustíveis nas alturas, como se estivéssemos importando tudo e ainda pagando em dólar! Como resolver?
A alternativa mais simples seria calcular o preço de custo da Petrobras, o que por si só já faria com que o preço da gasolina e do diesel caísse brutalmente. O “problema” é que isso não daria a menor chance para as empresas estrangeiras, eliminando qualquer concorrência, ou seja, pagamos caro para o Brasil ser subserviente aos interesses internacionais. Sem atacar esse problema, não há PEC que resolva.
As duas PEC’s propostas pelo Governo e parlamentares resolvem o problema? Não, pois elas combatem apenas a ponta do iceberg. O principal problema não é a tributação, mas a base de cálculo feita pela política equivocada (PPI). Além disso, as privatizações de refinarias fazem com que os preços subam, pois o setor privado visa lucrar ainda mais, como a mídia já noticiou aqui e aqui.
Precisamos atacar a raiz do problema, exigindo mudança na política de preços e interrompendo o desmonte da Petrobras. Entenda mais sobre o tema assistindo à “live” da ACD desta segunda-feira, com a participação de Fernando Siqueira, engenheiro diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET). É ao vivo, às 19h, no Facebook e no canal da ACD no Youtube.
Vale destacar que a política equivocada que é mantida pelo governo federal na Petrobras provoca reajuste e majorações constantes dos combustíveis por levar em consideração o preço do barril no mercado internacional do petróleo. Na contramão, evidencia-se que o cálculo dos combustíveis para o mercado interno, ou seja, para o consumidor brasileiro, deveria levar em consideração a base de cálculo do custo para produção das refinarias nacionais, uma vez que o país é autossuficiente na exploração, refino e produção de combustíveis, além de ser pioneiro na produção do biodiesel.
Na prática, se faz imperativo a adoção de duas políticas de cálculos distintas para os valores praticados pela Petrobras.
Mercado Interno: Calcula-se o preço com base no custo de produção nacional [extração, refino, produção, distribuição] para atender o mercado brasileiro.
Mercado Externo (Exportação): Toma-se por base a PPI (Preço de Paridade de Importação) para calcular o valor do que irá atender o mercado internacional e, assim, obter lucro mediante preço competitivo no mercado externo com valores mais chamativos, atrativos.
*informações https://auditoriacidada.org.br/