O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou nesta segunda-feira (14) uma operação contra um esquema de corrupção no presídio de Varginha, no Sul do estado. Os alvos são diretores, policiais penais, advogados e outros intermediários que atuavam no esquema.
Na manhã de hoje, os responsáveis cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária contra diretores, policiais penais, advogados e um empresário. Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão.
O MPMG também está oferecendo denúncia contra seis pessoas pela prática de 11 crimes. Segundo o órgão, a primeira denúncia já havia sido oferecida contra duas pessoas, pela prática de seis crimes.
Propinas
De acordo com as investigações, policiais penais cobravam propinas das pessoas privadas de liberdade para vários fins. Dentre eles, estavam transferências ou a permanência na unidade local, onde o regime semiaberto é domiciliar; obtenção de trabalho externo ou interno; e outros confortos.
Ainda segundo o MPMG, advogados e particulares seriam intermediários das propinas. A operação “Penitência” busca “desmantelar organização criminosa envolvida com crimes de corrupção passiva, receptação e embaraço às investigações” no presídio.
A ação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/Varginha) do MPMG e pela 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Varginha, em ação conjunta com o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), a Polícia Militar e a Polícia Civil.
Participam da operação cinco promotores de Justiça e três servidores do MPMG, 19 policiais militares, 3 policiais civis e 15 policiais penais. As investigações prosseguem.
*Fonte: BHAZ