Deputado Elias Vaz (PSB-GO) denunciou compras de alimentos feitas, de fevereiro de 2021 a fevereiro deste ano, pela pasta
As Forças Armadas compraram – entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022 – 557,8 mil quilos de filé para os comandos da Marinha, da Aeronáutica e do Exército, além da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel). O valor total gasto foi de R$ 25.398.849,99.
Ademais, foram comprados 373,2 mil quilos de picanha e 254 mil quilos de salmão, somando R$ 18.792.526,88 e R$ 12.221.607,11, respectivamente. O montante total do processo foi de R$ 56.412.983,98.
Os dados foram levantados pela equipe do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO). Essas quantias se referem a processos de compra feitos por pregão ou dispensa de licitação, durante a gestão do ex-ministro da Defesa Braga Netto.
“É vergonhoso! Enquanto tem brasileiro se alimentando de sopa de osso, o governo Bolsonaro gasta milhões com luxos para um pequeno grupo. Com certeza esse cardápio não é para os soldados rasos, mas para a cúpula das Forças Armadas”, afirmou Vaz.
Segundo o site da Defesa, o efetivo do Exército brasileiro é de 296.334 militares; da Marinha é de 80.507; e da Aeronáutica, 80.937.
O deputado ainda está analisando os processos, mas destacou que um caso já chama a atenção: um dos pregões é destinado à compra de 23 mil quilos de filé mignon para o Grupamento de Apoio do Galeão, no Rio de Janeiro. O valor do quilo é estipulado em R$ 71.
“O preço da carne não subiu 42% nesse período. Há indícios de irregularidades, e vamos investigar detalhadamente todos os processos. Caso sejam constatados problemas, vamos denunciar ao Tribunal de Contas da União”, disse.
Em fevereiro de 2021, parlamentares do PSB denunciaram as compras de alimentação de luxo com dinheiro público. Eles identificaram no Painel de Preços do Ministério da Economia processos de compra de 714 mil kg de picanha, 80 mil cervejas, mais de 150 mil kg de bacalhau, 438,8 mil kg de salmão, 1,2 milhão de kg de filé mignon, além de uísque 12 anos e conhaque.
A reportagem contatou o Ministério da Defesa, que não respondeu até a publicação da matéria.
*informações portal AgoraRN