CPI Bomba
Com novas denúncias chegando até a Câmara, a instalação de uma ampla CPI que pegaria as denúncias da saúde, supersalários, corrupção no DMAE e casos de recebimento de vantagens por agentes públicos está prestes a sair do papel. Nos bastidores, é dada como certa a instalação do colegiado na próxima terça-feira (26).
Contratos do Hospital de Campanha
Revelado ontem (18) pelo Alô Poços, o fechamento do Hospital de Campanha no início deste mês, dando lugar para o Centro de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança, levou as vereadoras Luzia Teixeira Martins (PDT) e Regina Maria Cioffi Batagini (PP) e dos vereadores Douglas Eduardo de Souza (União Brasil), Tiago Henrique Silva de Toledo Braz e Lucas Carvalho de Arruda (Rede) e Marcelo Heitor da Silva (PSC), presidente do Legislativo poços-caldense, a apresentar Requerimento de Informações com relação à manutenção do contrato e pagamento à empresa Ômega Serviços em Saúde Ltda. para prestação de serviço, no então Hospital de Campanha, pelo prazo de 180 dias pelo valor de R$ 214.229,22 [R$ 35.704,87 por mês] para disponibilizar quatro vigilantes e seis auxiliares de serviços gerais.
Aditivos e continuidade
O contrato recebeu dois termos aditivos no ano passado, o primeiro com vigência entre 20 de janeiro e 17 de julho de 2021 e o segundo pelo período entre 18 de julho de 2021 a 14 de janeiro de 2022, ambos pelo prazo de 180 dias cada e valor individual de R$ 214.229,22. Os vereadores querem saber: se a empresa Ômega continua prestando os serviços para atendimento à saúde da mulher, além do envio dos empenhos usados para pagar a empresa de janeiro de 2022 até a presente data.
Aviso prévio
A Secretaria Municipal de Saúde, via assessoria, informou que: “Quando foi feito o aditivo, em janeiro, nós não sabíamos como estaria a pandemia atualmente. São procedimentos normais que fazemos para prorrogação do serviço. Em março vimos que não seria necessária a prorrogação pelo tempo solicitado, mediante a isso, em primeiro de abril a empresa foi notificada sobre encerramento das atividades dos contratos 266 e 267” e “atualmente eles estão cumprindo aviso prévio”.
Repúdio
A Moção de repúdio apresentada pelo vereador Diney Leon (PT) contra o ex-secretário de governo e pré-candidato a deputado federal, Celso Donato (PSD), está novamente na pauta de hoje da Câmara. Na semana passada, a Coluna teve acesso ao celular de diversos vereadores, que mostraram a insistência de Donato para conseguir “conversar” com eles e pedir o voto contrário à Moção. Muitos sequer atenderam e a expectativa é de que a Moção seja aprovada hoje (19).
CMS
Com denúncias contra a saúde municipal “pipocando” e prestes a chegar na íntegra à Câmara, o Conselho Municipal de Saúde se reuniu ontem (18), para tratar das denúncias de contratos irregulares e plantões da médica Juliana Maranhão, ex-diretora do Hospital Margarita Morales, esposa de Vanderson Maranhão e sócios na empresa ProHelth, responsável pelo oferta de médicos para UPA, Hospital Margarita Morales e SAMU. A denúncia foi divulgada em primeira mão pelo Alô Poços no dia 28/03.
Discussões e bate-boca
Marcada por muitas discussões e bate-boca, a reunião do CMS aprovou por 14 votos favoráveis, seis abstenções e quatro votos contrários, o encaminhamento das contas aprovadas com ressalvas para o Ministério Público de MG, Câmara Municipal e Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os representantes da Prefeitura se abstiveram e quatro votos foram contrários: Adriana Ramirez, do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais; Caroline de Cássia Goulart, da Sociedade São Vicente de Paulo; Luciana Dare, representante do Hospital Santa Lúcia; e Regina Alves, ex-presidente e atual vice do CMS;
Denúncia grave
Regina Alves vez uma grave acusação em sua fala, afirmando que fez 3 denúncias ao MPMG e sequer recebeu resposta. Mesmo assim, votou contra o encaminhamento das contas para os órgãos de fiscalização e controle.
(Veja o vídeo). https://youtube.com/shorts/K_pzG6f4U_4?feature=share
Fora de controle I
Foi nítida a posição do secretário de Saúde Carlos Mosconi e de Ricardo Sá, superintendente da Santa Casa, em fazer a defesa da médica Juliana. Ricardo Sá chegou a “mandar” um conselheiro “calar a boca”. Acabaram demonstrando interesse pessoal na defesa!
Fora de controle II
Aliás, o gestor hospitalar tem dado sinais de que o cargo lhe subiu a cabeça. Questionado pelo Alô Poços sobre o déficit de aproximadamente R$ 5,8 milhões da Santa Casa em 2021, ele respondeu, via assessoria, que “Não vou comentar o déficit. Devo satisfação apenas para a Irmandade”. Não é bem assim! A entidade é filantrópica e recebe recursos públicos.