Pesquisadores analisaram informações de pacientes com mais de 50 anos que receberam ambos os diagnósticos durante a pandemia
Do portal Metrópoles –
Uma pesquisa publicada na plataforma Open Forum Infectous Diseases mostra que o risco de apresentar herpes-zóster aumenta entre pacientes com mais de 50 anos que passaram pela Covid.
O herpes-zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora, que fica latente e pode voltar a surgir quando há uma baixa significativa no sistema imunológico do paciente. O problema é mais comum em pessoas acima de 70 anos, que já têm o sistema imunológico mais fraco por conta da idade.
Realizada por pesquisadores belgas e norte-americanos ligados ao laboratório GSK, a pesquisa cruzou dados de usuários de dois planos de saúde de grande porte dos Estados Unidos.
De acordo com os autores, o grupo de recuperados da Covid-19 acima de 50 anos tem 15% mais chance de apresentar herpes-zóster no período de seis meses após a infecção provocada pelo coronavírus. Se o quadro do paciente durante a Covid incluiu hospitalização, esse risco chega a ser 21% maior.
O herpes-zóster já estava relacionado como um dos possíveis sintomas da Covid. A nova pesquisa avançou ao calcular a taxa de risco dos pacientes acima de 50 anos terem a doença.
Os autores do trabalho chamam a atenção para que os pacientes com mais de 50 anos mantenham a cobertura vacinal contra a herpes-zóster em dia para evitar que o vírus da varicela ressurja em consequência da pane imunológica provocada pela Covid-19.
Sintomas
O herpes-zóster se manifesta por bolhas em apenas um lado do corpo, geralmente elas aparecem no tórax, costas ou barriga, acompanhando uma terminação nervosa. A doença provoca coceira, dor e formigamento na região afetada.