Por Isadora Prévide Bernardo – Crônicas dizem muito sobre a vida. Uma pequena pausa para refletirmos sobre o trivial, o cotidiano, e colocar nele uma pitada de humor ou ironia ou os dois. E como fica sua autora? Livre para trazer fatos, personagens, sentimentos e ideias para o papel. E os que leem? Devem ser de alguma forma tocados, provocados, e tirar algo das palavras, uma ideia, que seja. E qual o sentido de tudo isso? Uma tentativa de nos humanizarmos, por favor!
Piscamos e chegou novembro; piscaremos novamente e chegará o Natal. E eu não consegui processar nem metade dos acontecimentos e loucuras do ano. Ah, caro leitor e cara leitora, feliz daquele que acha que consegue entender alguma coisa e que estamos indo bem. Diga-me: feliz ou tolo? Por algum momento essas palavras parecem sinônimas.
Choveu muito em um lugar e em outro tudo queimou, dentro do mesmo continente, na Europa. No Oriente Médio o barril de pólvora continua explodindo, mas pólvora é chinesa, ali é o barril de petróleo que pega fogo mesmo!
São inumeráveis os fatos, as tragédias pelo mundo afora e por aqui. E aqui, caro leitor e cara leitora, o que lhe parece isso tudo? O que ainda duvida que vai acontecer? Crise hídrica? Teremos! Ainda duvida da ousadia do homem? Ousadia não é bem a palavra ideal, porque é uma mistura de ganância com burrice e uma pitada de ousadia.
Demoramos tanto para ficarmos eretos, depois para aprender a falar, mas ainda não entendemos que se esgotarmos o planeta ele fica aqui, mas nós seremos extintos. Estamos nos aniquilando enquanto espécie ao destruir o meio ambiente e nosso instinto de sobrevivência não consegue nos frear! Racionais? São poucos. Nessas horas nem nossos instintos, nem nossa racionalidade ajudam. O que fazer? Talvez viver e cuidar do nosso lugar, das pessoas, do trivial.