Essa espécie de crustáceo habita os confins mais profundos do oceano e raramente são explorados
Uma nova espécie de crustáceo gigante (25,4 cm) foi descoberta a 2.500 pés de profundidade na costa da Península de Yucatán, no México, no local onde é estimado que há 66 milhões de anos caiu o asteroide que dizimou os dinossauros em uma grande extinção em massa.
Batizado como Bathynomus yucatanensis, o animal tem uma concha amarela e é um belo exemplar das criaturas gigantes que vivem no oceano. A maioria dos isópodes costuma medir menos de 10 milímetros de comprimento.
Essa espécie de crustáceo habita os confins mais profundos do oceano, que raramente são explorados. Entre seus familiares aquáticos estão os caranguejos, camarões e lagostas. No meio terrestre, estão a woodlice, pillbugs e os roly-polys, que se alimentam de matéria em decomposição. Embora esses animais parecerem assustadores, eles são completamente inofensivos para os humanos.
Quando essa espécie foi encontrada, os cientistas pensaram que ela era uma variação da B. giganteus ou do B. maxeyorum. Entretanto, um exame aprofundado revelou que essa nova espécie tem características únicas. Uma das evidências morfológicas mais destacadas é a coloração manchada da concha, em contraste com o tom mais cinzento da carapaça seus parentes.
O autor principal do estudo, Dr. Ming-Chih Huang, da Universidade Nacional de Tainan, Taiwan, disse: “O B. yucatanensis é morfologicamente distinto tanto de B. giganteus e do B. maxeyorum”. Essa diferença foi notada após a identificação de diferentes sequências de dois dos genes que resultaram em mudanças na morfologia e originaram uma nova espécie.
A diferença entre as espécies de crustáceos é importante
Outra descoberta feita pelos pesquisadores é de que o B.giganteus e o B. yucatenensis são parentes bem próximos, o que indica que eles tinham um ancestral comum. O autor do estudo afirma que “é cada vez mais evidente que as espécies de Bathynomus podem ser extremamente semelhantes na aparência geral”. Entretanto, ele alerta para uma “longa história de má identificação de espécies no gênero”.
Outro alerta feito pelo pelo pesquisador Huang é sobre as implicações que as distinções entre as espécies têm para a conservação desses animais, pois “pode haver outros bathynomus não descobertos no Atlântico ocidental tropical”, e “algumas espécies com potencial comercial tornaram-se alvos de pescas de arrasto em alto mar”.
*informações Olhar Digital