Análises químicas e físico-químicas no afluente e no efluente asseguram eficácia do tratamento do esgoto
Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais, dispõe de três Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s), a ETE-1 [Córrego D’Antas], ETE-2 [Bortolan] e ETE-3 [Rodovia do Contorno], sendo a ETE-1 a principal delas em função do volume tratado.
De acordo com informações do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), atualmente, a ETE-1 recebe e trata, diariamente, uma média de 22.478 metros cúbicos de esgoto.
A autarquia esclarece que há um trabalho rigoroso por parte da equipe técnica na aferição da eficácia do tratamento de todo o esgotamento sanitário coletado na cidade.
“A eficiência de uma estação de tratamento é aferida por meio de análises químicas e físico-químicas no afluente (esgoto “bruto” que chega à estação) e no efluente (esgoto tratado que é lançado na natureza). Através de um comparativo entre estas duas amostras, obtém-se a eficiência. Além disso, para mensurar o impacto provocado pelo lançamento, são realizadas análises do corpo hídrico receptor a montante (acima) e a jusante (abaixo) do emissário do efluente tratado”, explica.
Não obstante, o DMAE ressalta a legislação e as ações que devem ser seguidas afim de se garantir a eficácia do tratamento e o respeito ao meio ambiente. “No Estado de Minas Gerais, as condições e padrões para lançamento de efluentes são dados pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG n° 01, de 05 de maio de 2008. Dentre as condicionantes atreladas à Licença de Operação da ETE-1, consta um programa de auto monitoramento que deve ser executado pelo DMAE, conforme definido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD). Dentro deste programa, é solicitado que o DMAE realize análises bimestrais na entrada e na saída do tratamento, bem como a montante e jusante do ponto de lançamento do efluente líquido tratado no corpo receptor. Os resultados destas análises são enviados anualmente para a Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) Sul de Minas, para demonstrar o atendimento da legislação ambiental”, revela.
Além disso, de forma a garantir a qualidade do que é devolvido à natureza, além das análises serem feitas em laboratório próprio do DMAE, também há a chancela de laboratório credenciado pelo Inmetro. “Estas análises são realizadas por laboratório próprio e também por laboratório acreditado pelo INMETRO, contratado para garantir o adequado controle do processo. Dentro da operação da ETE, também são realizadas análises frequentemente para acompanhamento do bom funcionamento do sistema”, assegura.