Raio-X
O 2ª Turno da eleição presidencial trouxe consigo diversas curiosidades, algumas até ajudam a entender o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL), transcorridas 36 horas desde a divulgação do resultado eleitoral. Entre aliados, existe a expectativa de que ele quebre o silêncio nesta terça-feira (1º/11), e há até a possibilidade de pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. Deve reconhecer a derrota, mas não deve parabenizar Lula.
Missão do Mourão
Segundo fontes deste Colunista no Planalto, Bolsonaro está com a ideia de deixar ao vice-presidente e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, General Hamilton Mourão (Republicanos), a missão de passar a faixa a Lula em 1º de janeiro de 2023. Será!?
Primeira derrota em 36 anos
Esta é a primeira eleição em que Jair Bolsonaro (PL) não sai vitorioso do pleito. Ele concorreu a vereador (RJ), sete vezes para deputado federal e duas a presidente da República, sendo essa sua primeira derrota. Isso ajuda a entender o silêncio e a dificuldade em aceitar o resultado das urnas por parte de Bolsonaro.
Primeiro presidente a não se reeleger
Pela primeira vez desde que a reeleição foi instituída, um presidente da República no exercício do cargo não é reeleito. Esse fato também mexe muito psicologicamente com Bolsonaro e foi uma da lamúrias do presidente a aliados ontem (31/10).
Minas Gerais mantém tradição
O resultado reforça a tradição de que Minas Gerais reflete o cenário nacional. Nunca um candidato à Presidência conseguiu ganhar no país sem conquistar o estado mineiro. Apesar da pequena diferença (0,40% ou 49.500 votos), a tradição política se manteve.
Presidente mais velho a assumir o cargo
Com 77 anos, Lula (PT) se torna o candidato mais velho a assumir a Presidência da República e o único a se eleger três vezes para o cargo. Ele prometeu antes e repetiu na vitória, que essa foi a última eleição, afirmando que não concorrerá à reeleição e deixando a “porteira aberta” aos aliados que o levaram à vitória.
Menor diferença da história
A distância entre Lula e Bolsonaro foi de 2,1 milhões de votos (1,8%), a menor já registrada em eleições presidenciais. O recorde anterior ocorreu em 2014, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), quando a diferença foi de 3,5 milhões de votos, 3,28% do total.
13 a 13
Lula ganhou em 13 estados, com destaque no Piauí, com quase 77% dos votos, na Bahia (72%) e no Maranhão (71%). Jair Bolsonaro também ganhou em 13 estados e no Distrito Federal, com destaque para Roraima (76%), Acre (70%) e Rondônia (70%).
Única virada
Na Região Norte, ao contrário do 1º Turno, Bolsonaro venceu Lula com 51,03% dos votos válidos. O Amapá foi o único estado do país em que houve virada.
Replumagem tucana
O PSDB perdeu São Paulo após 28 anos, maior colégio eleitoral do país. Contudo, ainda conseguiu eleger três governadores. Ao ser o primeiro governador a se reeleger, de virada, no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite assume a posição de principal liderança do partido. Raquel Lyra foi eleita governadora de Pernambuco e Eduardo Riedel foi eleito governador do Mato Grosso do Sul.
Maior índice de reeleição
Estas eleições apresentam o maior índice de reeleição de governadores da história. Dos 20 que tenaram se reeleger, 18 tiveram sucesso. Os partidos que mais elegeram foram PT e União Brail, com quatro governadores cada.
Duas conquistas
No segundo turno, o bolsonarismo conseguiu eleger dois governadores: Jorginho Mello (PL) em Santa Catariana, com 70,6% dos votos, maior percentual regsitrado; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, com 55,3% dos votos.
Maiores e menores
O Republicanos governará para o maior número de eleitores: mais de 35,7 milhões. A marca é puxada por São Paulo, que reúne 34,6 milhões. O partido governará também o Tocantins. Já o Solidariedade é o partido que governará para menos eleitores: 550.687, no Amapá, com Clécio Andrade.