Um ex-lutador foi preso suspeito de matar a esposa, de 26 anos, em São Paulo. A polícia encontrou o corpo da professora Ellida Tuane Ferreira da Silva Santos no Parque do Carmo, Zona Leste da capital do estado.
Segundo a Polícia Civil, Luis Paulo Lima dos Santos saiu do apartamento, na sexta-feira (4), com o corpo da mulher em um carrinho de compras. Imagens do circuito de segurança do prédio registraram o momento.
O ex-lutador profissional e dono de uma academia em São Paulo responderá por feminicídio.
Em entrevista coletiva, o delegado Bruno Cogan disse que a motivação do crime de ódio pode ter sido ciúmes, mas que o caso “ainda precisa ser apurado com profundidade”.
Corpo em carrinho de compras
Imagens de uma câmera na entrada do elevador mostram a professora ainda viva, por volta das 21h30. Ela chega ao prédio na Vila Matilde, Zona Leste de São Paulo, e sobe em direção ao apartamento onde morava com o criminoso.
No outro dia, pouco antes das 21h, o ex-lutador surge no saguão do prédio. O homem sobe com um carrinho de compras vazio.
Após quatro minutos, ele volta para o elevador com a parte interna do carrinho coberta por lençóis. Segundo a polícia, o corpo da vítima estava debaixo dos tecidos.
O acusado se desloca para a garagem e põe no carro o que seria o corpo da mulher. Luis Paulo só deixou o prédio na madrugada de domingo e voltou ao apartamento quatro horas depois, carregando o filho do casal, de apenas seis meses.
A Polícia Militar encontrou o corpo da professora em um saco plástico, na margem de um córrego, em Itaquera.
A investigação ainda aponta que os vizinhos do prédio ouviram barulhos de tiros na sexta-feira, mas nenhum deles acionou a polícia. O homem disse ao delegado que atirou quatro vezes contra a mulher.
Ex-lutador forja desaparecimento
Luis Paulo ainda tentou esconder o crime formalizando um boletim de ocorrência de desaparecimento, quase no mesmo momento em que os policiais encontraram o corpo da professora. Segundo o boletim, o homem disse que a mulher teria viajado.
“Ela saiu com destino a Campinas, enviou a última mensagem às 19h51 dizendo que estava somente com 5% de bateria. Às 22h39 enviei mensagem novamente e não foi visualizada e ligações encaminhadas direto para caixa postal. Em contato com a minha cunhada e a mãe da desaparecida informaram que ela não chegou em suas casas em Campinas”.
O acusado ainda disse que “foi até Campinas, à rodoviária, delegacia e hospital procurando informações e não conseguiu”. A arma do crime ainda não foi encontrada.
*Informações e imagem: BHAZ