Estruturada organização criminosa voltada à prática de infrações penais, dentre as quais a exploração de jogos de azar e do bicho na cidade de Uberlândia e triângulo mineiro
Na manhã dessa sexta-feira (18), foi deflagrada a segunda fase da operação conjunta Lavanderia dos Sonhos, que resultou em quatro prisões preventivas e na execução de nove de busca e apreensão, em Uberlândia e Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro. Os alvos das medidas são suspeitos de integrar uma organização criminosa investigada por exploração de jogo de bicho e lavagem de dinheiro, tendo a ação policial o objetivo de reprimir a prática desses delitos e de outras infrações penais graves.
Participaram da operação as polícias Civil de Minas Gerais (PCMG) e Militar, o Ministério Público (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia e da 18ª Promotoria de Justiça da comarca, e a Superintendência da Receita Estadual em Uberlândia. Segundo o chefe do 9º Departamento da PCMG, delegado Marcos Tadeu de Brito Brandão, foram apreendidos documentos, que serão analisados e poderão resultar em novos desdobramentos da operação.
Já os investigados detidos hoje foram encaminhados ao sistema prisional e se encontram à disposição da Justiça.
Investigações
A operação Lavanderia dos Sonhos é fruto de investigação conduzida ao longo de mais de um ano, a qual resultou na identificação de uma estruturada organização criminosa voltada à prática de infrações penais, dentre as quais a exploração de jogos de azar e do bicho na cidade de Uberlândia, assim como lavagem de dinheiro do produto dessas atividades ilícitas.
Segundo apurado, o grupo utilizava-se de inúmeros imóveis para a exploração dos jogos, assim como de vários escritórios para a contabilidade do produto da infração, possuindo uma rede de comparsas, com funções bem definidas. Além disso, como forma de garantir o enriquecimento ilícito dos líderes, as investigações apontam a criação de um esquema de lavagem de dinheiro para ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos financeiros.
As apurações prosseguem.
Participaram da segunda etapa da operação dois delegados da PCMG e outros 20 policiais civis, 25 policiais militares, três promotores de Justiça, servidores do MPMG, bem como auditores da Receita Estadual.
*Com informações do MPMG e PCMG.