Manifestantes pedem a destituição de Dina Boluarte do cargo de presidente, libertação de Pedro Castillo e exigem eleições gerias
O governo do Peru declarou nesta quarta-feira, 14, estado de emergência por 30 dias para tentar conter as ondas de protestos violentos que acontecem desde semana passada após uma tentativa de autogolpe do ex-presidente Pedro Castillo, que ocasionou em sua destituição do cargo. “Ficou acordado declarar estado de emergência para todo o país, devido ao vandalismo e à violência, à tomada de estradas e vias (…), que estão sendo controlados pela Polícia Nacional e pelas Forças Armadas”, anunciou o ministro da Defesa, Alberto Otárola. Desde que Castillo foi preso, centenas de manifestantes estão indo às ruas pedir a liderança do ex-líder e exigindo eleições gerais imediatas. A atual presidente do país, Dina Boluarte, chegou a propor na segunda-feira, 12, a anunciar que apresentará um projeto de lei ao Parlamento para antecipar as eleições para abril de 2024. A implantação do estado de emergência provoca a suspensão dos direitos de reunião, inviolabilidade de domicílio e liberdade de trânsito, entre outros. O governo também avalia a possibilidade de declarar um toque de recolher. Na segunda, o Peru já tinha decretado estado de emergência por 60 dias em sete províncias do sul do departamento de Apurímac, epicentro dos protestos que pedem a destituição da presidente Dina Boluarte. Durante esses dias, serão suspensos na província de Apurimac os direitos constitucionais relacionados à “inviolabilidade do domicílio, liberdade de trânsito pelo território nacional, liberdade de reunião e liberdade e segurança pessoais”, de acordo com o artigo 2 da Constituição peruana.
*Com informações: Jovem Pan