A filiação do Capitão
O presidente Jair Bolsonaro finalmente conseguiu achar um partido para chamar de seu, o PL, um dos pilares do chamado ‘Centrão’, presidido nacionalmente por Valdemar da Costa Neto, aquele preso no mensalão do PT. O ato será hoje, às 10h30, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília.
Expectativa de grande crescimento
Dirigentes nacionais e regionais do PL avaliam que a filiação de Bolsonaro fará com que o partido dê um salto em sua bancada no Congresso Nacional, que conta hoje com 43 deputados, a terceira maior bancada da Câmara, além de 4 senadores e também nas Assembleias Legislativas.
Caiu no colo
Em Poços de Caldas, a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL ‘caiu no colo’ da presidente municipal da legenda, a ex-candidata a vice-prefeita Tereza Navarro, herdeira de um dos maiores nomes da política poços-caldense, Sebastião Navarro Vieira Filho. Tereza vinha se sentindo escanteada[C1] após a eleição municipal do ano passado. Agora, promete dar a volta por cima!
Palanque para o presidente
Tereza Navarro ia a Brasília para acompanhar de perto o ato de filiação de Bolsonaro, mas não consegui voo para hoje. Para ela será, “Uma grande oportunidade de aumento expressivo nas bancadas estaduais e federal” do PL. Ela prepara uma nominata que promete fazer barulho nas eleições de 2022, montando palanque para o presidente na região. Será que a candidata seria a própria Tereza?
As bombas de Sergio Moro
O ex-juíz da Lava-Jato e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, soltou uma bomba no colo de Jair Bolsonaro nesta terça-feira, dia da filiação de Bolsonaro ao PL. Em sua autobiografia, intitulada “Contra o Sistema da Corrupção”, Moro narra um episódio emblemático de sua passagem pelo governo federal, após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), atender a um pedido da defesa de Flávio e paralisar processos judiciais ligados as rachadinhas e ao senador Flávio Bolsonaro (Patriotas -RJ). Bolsonaro teria dado ordens expressas: “Se não vai ajudar, então não atrapalhe”, declarou o presidente. Dentre diversas outras passagens de proteção aos filhos.
Muito parecidos
Na obra, Sergio Moro afirma que passou por “humilhações” em sucessivos processos de fritura promovidos pelo ex-chefe e avalia que o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro são “muito parecidos” na falta de princípios éticos. O ex-ministro afirma ter sido ingênuo ao acreditar no ex-capitão e diz ter pensado em abandonar o cargo ainda em 2019 ao detectar que “não poderia confiar” no chefe. Ele também admite erros no processo de Lula.