Atos violentos abalaram o centro de Paris neste sábado, após um protesto pela morte a tiros, na sexta-feira, de três pessoas de origem curda.
Além dos óbitos, outras três pessoas ficaram feridas depois que um atirador abriu fogo em um restaurante e centro comunitário curdo.
Os confrontos no protesto começaram ontem, sexta-feira (23), entre a polícia e um grupo que se reuniu no local após o ataque.
As imagens mostraram incêndios na rua e alguns manifestantes quebrando vidros de carros.
Os oficiais da unidade de choque da polícia responderam disparando gás lacrimogêneo quando um grupo tentou romper o cordão de segurança.
Alguns manifestantes viraram carros, enquanto outros incendiaram veículos.
Eles também jogaram objetos contra os policiais.
A violência aumentou novamente neste sábado (24), depois que centenas de curdos se reuniram pacificamente na Place de la République para prestar homenagem às três vítimas.
Centro cultural
Um homem de 69 anos que descreveu a si próprio como um racista que odiava os estrangeiros, segundo uma fonte policial disse à agência de notícias AFP, foi preso.
O ataque da sexta-feira ocorreu em um centro cultural curdo e em um restaurante na Rue d’Enghien, no 10º arrondissement de Paris.
A polícia deteve o suspeito que não resistiu e teria recuperado a arma usada no ataque. Os promotores disseram que uma investigação foi aberta.
O sujeito, que está sendo interrogado pelas autoridades, havia sido liberado recentemente por outro ataque, que ocorreu em 2021 e foi feito em um acampamento de imigrantes.
“Estávamos andando na rua e ouvimos tiros”, disse uma testemunha, Ali Dalek, à BBC. “Nós nos viramos e vimos pessoas correndo
“E então, cinco ou seis minutos depois, entramos em um salão de beleza onde conhecemos pessoas que trabalham e vimos que um homem havia sido preso.”
Outra testemunha, uma comerciante, disse à AFP que se trancou no local. Ele afirmou ter ouvido sete ou oito rajadas de tiros.
*Com informações: BBC Brasil