A cidade já superou os empregos perdidos durante a pandemia, com saldo positivo de 781 postos de trabalho
Por Maria Paula Paiva e João de Carvalho –
Poços de Caldas possui como principal fonte rentável o turismo, mas quem movimenta o comércio e contribui para a captação de clientes são as lojas e seus funcionários e, claro, os moradores de Poços e de cidades vizinhas que consomem nesses estabelecimentos. Mas com a pandemia as coisas mudaram e muitos perderam o emprego ou viram a renda diminuir, assim com o poder de compra corroído pela inflação. Mas e como está hoje o mercado de trabalho em Poços de Caldas?
Com as demissões de 2020 em decorrência da Pandemia de Covid-19, muitos comerciantes tiveram receio com as vendas de final de ano, mas a expectativa para esse ano é de que as vendas aumentem e, com isso, há abertura para contratações temporárias e, em alguns casos, com possíveis efetivações.
Segundo o assessor da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária (ACIA) de Poços de Caldas, José Paulo Oliveira, a expectativa é de que haja um aumento de 30% nas contratações temporárias em relação ao ano passado. Já para as vendas a previsão é menos otimista e o aumento esperado é de 5% nas vendas com relação ao ano de 2019, quando ainda não havia casos de Covid no Brasil.
Este ano o comércio vem reagindo de forma positiva e otimista com as festas de final de ano. Lojas aumentaram seu estoque de produtos e estão realizando contratações para aumentar suas equipes para que todos possam ser bem atendidos e com agilidade.
De acordo com José Paulo, a sugestão de horário especial agradou muito os comerciantes e fez com que a cidade começasse a se movimentar de forma positiva. “Muitas pessoas preferem adiantar as compras de Natal e já é possível notar uma movimentação na cidade à noite”.
Os horários recomendados para o funcionamento do comércio para o final de ano são:
- Entre os dias 06 e 11 de Dezembro, das 09:00hs às 20:00hs;
- Do dia 13 ao dia 23/12, das 09:00hs às 22hs;
- Dia 24, véspera do Natal, das 09:00 às 18hs;
- Sábados, dias 11 e 18/12, das 09:00hs às 20:00hs;
- Domingos, dias 12 e 19/12, das 10:00 às 17:00hs;
- Véspera de Ano Novo, dia 31/12, das 09:00hs às 18:00hs.
Geração de empregos
O Alô Poços procurou a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho para ter acesso aos dados mais recentes sobre a geração de empregos em Poços de Caldas. A Cidade foi, pelo quinto mês consecutivo, destaque no Sul de Minas em número de contratações. O crescimento foi de 133% nos últimos 12 meses.
Durante a pandemia, 2.326 Poços-Caldenses perderam o emprego formal com carteira assinada. Até outubro de 2021, todos os empregos perdidos durante a pandemia já haviam sido recuperados, com a geração de 3.107 contratações no mesmo período, ou seja, 781 postos de trabalho a mais.
Essa rápida recuperação é fruto de uma série de iniciativas. Deste abril de 2020, a Sedet tem trabalhado fortemente na atração de investimentos e consequentemente na geração de emprego e renda.
Para Diva Helena Funchal, coordenadora de fomento a indústria e comercio da Sedest, ainda há muitas vagas de empregos para serem atendidas e não estão conseguindo ser preenchidas, por volta de 4.200 este ano.
“Lançamos em agosto de 2020 o primeiro Plano de Retomada Econômica do país, pelo menos que tenha sido oficialmente noticiado. Ele tem sido o nosso norte para todo trabalho desenvolvido. O sucesso deste trabalho tem sido amplamente comprovado, com os números do Caged e o volume de investimentos anunciados. Foram mais de 10 novas empresas e somente uma delas com maior investimento no município pós a Alcoa”, explica Diva.
Novos investimentos
Ela explicou ainda que a Sedet vai lançar em breve um grande projeto para atender a demanda das empresas, tanto as locais, como as que serão implantadas nos próximos 14 meses.
“Em breve será anunciado uma gigante com investimento perto de R$ 1 bilhão em Poços de Caldas. A projeção de geração de empregos nos próximos 12 meses será em torno de 6 mil novas vagas. Algo até então inédito, ainda mais levando em conta que Poços passou 8 anos na lanterna em comparação a outras cidades do Sul de Minas, fechando na maioria dos meses com saldo negativo”.