O reajuste prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a policiais deve custar cerca de R$ 2,8 bilhões para os cofres públicos no próximo ano, de acordo com um cálculo do Ministério da Justiça. Até 2024, a despesa deve atingir R$ 11 bilhões.
Sem o aumento, o valor dos salários dos servidores da área da segurança seria de R$ 10,8 bilhões. Caso o projeto seja aprovado, o valor passará a R$ 13,6 bilhões.
A soma contabiliza os gastos do projeto de reestruturação das carreiras da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Bolsonaro, que tem essas corporações como espinha dorsal de sua base política, anunciou uma reunião com a equipe econômica para discutir o reajuste na tarde desta terça-feira (14/12), uma vez que é preciso de espaço no orçamento para bancar o projeto, que ainda precisará tramitar pelo Congresso. De acordo com interlocutores do governo, o presidente entrou em campo para garantir o direito aos policiais “a qualquer custo”.
Nessa segunda-feira (13/12), o ministro Paulo Guedes (Economia) recebeu as autoridades pedindo o reajuste salarial. Na caravana, juntaram-se o ministro da Justiça, Anderson Torres, os diretores-gerais da Polícia Federal, Paulo Maiurino, da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Marques, e do Departamento Penitenciário, Tânia Fogaça.
Para pressionar ainda mais o chefe da pasta econômica, Torres publicou em seu Twitter, logo após a reunião, uma foto do grupo ao lado de Guedes, dizendo ter entregado a proposta de reestruturação das carreiras policiais.
“Entreguei hoje (13), para processamento do @MinEconomia o resultado de meses de intenso trabalho do @JusticaGovBR: reestruturação das carreiras da @policiafederal, @PRFBrasil e do @depenmj! É o governo @jairbolsonaro buscando ainda mais valorização das forças de segurança”, escreveu.
*Fonte: Metrópoles