O chamado “Filtro Prensa” deixa os rejeitos sólidos e põe fim a era das barragens de lama
A semana passada registrou mais um momento histórico para os 57 anos de operação da Alcoa Poços de Caldas. Na sexta-feira, 18, a empresa inaugurou oficialmente o seu “Filtro Prensa”, tecnologia de ponta que trata os rejeitos da bauxita eliminando as represas de lama. Com o Filtro Prensa, os rejeitos passam a ser tratados e seco, sólidos, eles passarão a ter utilidade após o processamento da matéria. O evento de inauguração contou com a presença de autoridades locais e estaduais, da liderança da Alcoa Brasil e da imprensa.
O Filtro Prensa marca uma nova era de inovação, tecnologia e sustentabilidade da unidade. O investimento foi de R$ 330 milhões, gerando 500 empregos indiretos e 20 diretos.
O projeto faz parte das estratégias de sustentabilidade da Alcoa Global, que opera dentro dos mais altos padrões internacionais e trabalha de forma consciente com agências ambientais e reguladoras para garantir sua excelência operacional.
“Este projeto é o mais importante de nossa unidade, sonhado por nossos Alcoanos e Alcoana”, destaca Fabio Martins, diretor de operações da Alcoa Poços de Caldas. “Garante a continuidade das nossas operações, atende às exigências da Companhia em relação à disposição de resíduos e à Legislação Estadual de Segurança de Barragens, e nos permite continuar avançando de forma sustentável, reinventando a indústria do alumínio e transformando potencial em progresso verdadeiro”.
Veja o vídeo do Filtro Prensa em funcionamento:
O diretor explica que Poços de Caldas é a primeira planta da Alcoa no Brasil e a terceira no mundo implantar esta tecnologia – as duas primeiras são na Austrália. “O Filtro Prensa é fruto de mais de sete anos de estudos e marca uma nova fase da nossa Unidade”, afirma. “Com o apoio dos nossos colegas australianos e o comprometimento do nosso time, o projeto foi implantado com sucesso. Foram mais de 800 mil horas trabalhadas sem incidentes com afastamento, cumprimos o prazo e custos predefinidos e, desde 24 de agosto, 100% da lama da Refinaria está sendo processada no Filtro Prensa, gerando resíduo seco”.
Igualdade
O Alô Poços participou da solenidade e acompanhou todo o processo de produção. Uma das questões que nos chamou a atenção foi a quantidade de mulheres trabalhando em todas as partes da empresa, da produção às funções de chefia. O programa de inclusão da empresa possui destaque às mulheres, negros e população LGBTQIA+. Quem vê a operação da empresa do lado de dentro se admira com os valores de igualdade e respeito.
Sobre o Filtro Prensa
A planta de filtragem é formada por três filtros. O resíduo l´quido bombeado para o filtro é compactado por meio de placas filtrantes, que retiram 70% da umidade, retornando água retirada para o processo produtivo, por meio de circuito fechado.
Veja o vídeo do resíduo seco aos o processamento no Filtro Prensa:
“O resíduo gerado, com 30% de umidade – semelhante à do solo – é transportado por caminhões para uma nova área de disposição à seco, onde será compactado”, explica Rodrigo Giannotti, gerente da Refinaria e Áreas de Resíduos de Bauxita. “Além da inovação no processo, a instalação da Planta de Filtração irá reduzir a emissão de carbono, devido à menor utlização de área de disposição, menor acúmulo de água e, conseguentemente, menor consumo de energia no processo”.
Com a entrada em operação do Filtro Prena, as áreas de disposição de resíduos líquidos, que ainda estavam em operação, serão reabilitadas. “Elas continuarão a ser monitoradas de forma perene, visando a manutenção da segurança e estabilidade das áreas”, completa Fabio Martins.
Sobre a Alcoa Líder mundial em produtos de bauxita, alumina e alumínio, a Alcoa foi construída sobre uma base de valores sólidos e excelência operacional, operando com inovação desde a revolucionária descoberta que fez do alumínio um parte vital e acessível da vida moderna, há mais de 130 anos. A Companhia segue impulsionada pelos seus valores. No Brasil, a Alcoa possui três unidades produtivas, em Poços de Caldas (MG), São Luís (MA) e Juruti (PA), escritórios em São Paulo (SP), Poços de Caldas (MG) e Brasília (DF), além de participação acionária em quatro usinas hidrelétricas: Machadinho, Barra Grande, Serra do Facão e Estreito.