Adolescente fez um vídeo com uma faca na mão dizendo que ia matar a professora. Estudante de 18 anos será interrogada na próxima semana pela Polícia Civil
Uma professora da rede estadual de ensino de Campos Gerais, município o Sul de Minas Gerais, foi ameaçada de morte por uma aluna trans que se revoltou com o fato de ser chamada pelo nome de registro e não pelo nome social. A aluna, de 18 anos, publicou um vídeo nas redes sociais segurando uma faca afirmando que vai abrir um buraco no peito da professora.
No vídeo, ela aparece reclamando: “faz uma semana que eu não vou para a aula, só que todo dia vem alguém me falando que a professora tá indo lá e está falando seu nome morto (nome de registro) todo dia durante a chamada”, disse.
Logo depois, ela mostra uma faca e diz que vai seguir a professora para descobrir onde ela mora. “Nem os buracos de Campos Gerais vão ser tão grandes igual os que eu vou fazer no teu peito. Hoje eu descubro onde que tu mora. Hoje eu te mato”, falou.
Ela ainda reclamou que desde que entrou na escola pediu que fosse chamada pelo nome social e que o colégio desrespeitou. A aluna ainda disse que consultou sua advogada e que qualquer estudante tem o direito de ser chamado pelo nome social.
O delegado Eduardo Braga, da Polícia Civil de Campos Gerais, informou que a estudante será interrogada na próxima semana. “O próximo passo é a oitiva da aluna, para que nós possamos analisar eventual tipificação de crime de ameaça”, disse o delegado, que investiga o caso desde a semana passada.
Resolução
Uma resolução do Ministério da Educação de 2018 criou a possibilidade do uso do nome social para travestis e transexuais nos registros escolares para educação básica, inclusive para menores de idade. Para isso, o aluno ou responsável, deve solicitar o registro do nome social no momento da matrícula.
*informações Itatiaia