Há expectativa de que o relatório do projeto de lei seja analisado em plenário na quinta-feira (09/6) e votado na segunda (13/6)
Líderes do Senado Federal se reuniram, nesta terça-feira (07), para discutir o projeto de lei que fixa o teto do ICMS sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte público.
A reunião foi convocada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após o governo federal anunciar que irá arcar com o ressarcimento aos estados pelas perdas de arrecadação do tributo.
Senadores ouvidos pelo Metrópoles afirmam que o relator da proposta, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), aproveitou o encontro para apresentar o cronograma de votação da matéria. Não houve debate sobre o parecer do emedebista.
A agenda, definida em conjunto com o presidente do Senado, parte de acordo e visa atender aos interesses do governo federal, que cobra rapidez na tramitação da matéria. Além disso, parlamentares da Casa argumentam que o período de tempo entre a apresentação do relatório e a votação permitirá que governadores e prefeitos dialoguem com o relator em busca de pacificar eventuais discordâncias em torno do projeto.
Termômetro
O clima, porém, é de otimismo pela aprovação do projeto. Senadores avaliam que, apesar de controversa, a proposta possui forte apelo eleitoral. “É muito difícil alguém votar contra a promessa de redução de preço do combustível”, enfatizou o líder do Podemos, Alvaro Dias (PR).
“Nós já começamos a ser convocados pelas pessoas para votarmos a favor do projeto. Temos questionamentos em relação a alguns pontos, obviamente, mas dificilmente o projeto não passará”, completou o senador.
‘Estelionato Eleitoral’
Mesmo indicando que votará a favor da matéria, Alvaro Dias defendeu que o projeto se trata de um “estelionato eleitoral anunciado”. “Esse projeto talvez resolva o problema dos combustíveis agora, mas vamos pagar a conta lá na frente. É algo que irá explodir depois das eleições”, criticou.
*informações Metrópoles