Agência de classificação de riscos destacou gestão financeira, diversificação de recursos captados e inadimplência sob controle
A Moody’s elevou o rating do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) de BBB.br para BBB+.br, com perspectiva positiva. A última vez que a agência de classificação de riscos havia concedido um upgrade para o banco havia sido em 2011.
Segundo relatório divulgado ao mercado, a elevação da nota reflete a melhora na qualidade dos ativos do BDMG e forte patamar de rentabilidade, que beneficia seus níveis de capital por meio da integralização dos resultados por parte do seu controlador, o Estado de Minas Gerais. Outros fatores destacados foram os níveis de inadimplência baixos e sem perspectiva de alta, além de uma estrutura de captação com alterações positivas, por meio da pulverização das fontes de recursos e redução na concentração de repasses.
Conforme a Moody’s, o BDMG reportava historicamente baixos níveis de liquidez. “Porém, conforme a estrutura de captação mudou, o banco precisou alterar seu processo de gestão de liquidez. Com isso, o nível de liquidez aumentou substancialmente, alcançando o patamar mais elevado do seu histórico, de 24,9% em março de 2022”, ressalta o relatório da agência.
Para o presidente do BDMG, Marcelo Bomfim, a elevação do rating reflete um trabalho contínuo de equilíbrio entre a forte demanda por crédito pelos clientes do banco com a necessidade de preservação da sustentabilidade financeira. “Esta avaliação da Moody’s fortalece ainda mais a credibilidade da gestão financeira do BDMG no mercado. Estamos zelando pela solidez financeira da instituição em um cenário econômico de alta volatilidade e, ao mesmo tempo, cumprindo o nosso papel de indutor do desenvolvimento regional”, afirma Bomfim. No acumulado do ano, até 22/6, o BDMG já liberou R$ 836 milhões para empresas de todos os portes e municípios mineiros, alta de 15% sobre igual período do ano passado.
A perspectiva positiva para o rating do BDMG reflete a expectativa de que o banco crescerá estavelmente suas operações de crédito, mantendo os atuais níveis de inadimplência. A Moody’s espera que as renegociações de crédito não irão afetar novamente a qualidade de ativos. “A perspectiva positiva também incorpora a continuidade do processo de diversificação da estrutura de captação, elevando também a participação dos recursos de varejo, como Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Certificados de Depósitos Bancários (CDBs)”, destaca o relatório.
*Informações Agência Minas.