O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o assassinato de um petista por um apoiador. Na noite desse domingo (10), o chefe do Executivo republicou uma mensagem de 2018 e disse que dispensa o apoio de quem pratica violência contra opositores.
Bolsonaro disse também que espera seriedade na apuração do crime e que as autoridades “tomem todas as providências cabíveis”, mas não se solidarizou com a família da vítima e nem lamentou o caso.
“Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, começou o chefe do Executivo pelo Twitter.
“É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”, escreveu.
O presidente continuou e se eximiu de responsabilidade após ser acusado, nas redes, de incitar o ódio e ter relembradas imagens dele, também de 2018, falando para apoiadores em “fuzilar a petralhada”.
“Falar que não são esses e muitos outros atos violentos, mas frases descontextualizadas que incentivam a violência é atentar contra a inteligência das pessoas. Nem a pior, nem a mais mal utilizada força de expressão será mais grave do que fatos concretos e recorrentes”.
Resposta a humorista
Por fim, o presidente da República respondeu a uma postagem do humorista Antonio Tabet. No tuíte, o artista diz que Bolsonaro deve “estar chateado” por não poder conceder perdão ao criminoso. “A lei proíbe que ele conceda a graça a quem comete crimes hediondos. Como homicídio qualificado, por exemplo”.
Na resposta, o chefe do Executivo ironiza o nome de Tabet, e cita outra situação. “Não estou não, Tablet. Quero que apurem e tomem providências. Deve estar me confundindo com a turma que você curte, aquela que correu pra proteger os assassinos do cinegrafista da Band, que cuidava do assassino Battisti, que já teve como membro o bandido que tentou me matar…”, completa.
O crime
Um policial penal federa, de 38 anos, apoiador de Jair Bolsonaro (PL), matou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda, de 50, filiado ao PT (Partido dos Trabalhadores), na noite desse sábado (9). O crime aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante uma festa de aniversário.
Imagens de circuito de segurança mostram Jorge José da Rocha Guaranho invadindo a comemoração de 50 anos de Marcelo. Com itens em vermelho e bandeiras de apoio ao ex-presidente Lula, a festa tinha como tema exatamente a admiração de Marcelo pelo partido.
Jorge entra no local disparando contra Marcelo, que revida enquanto cai no chão. Convidados da festa ficam apavorados em meio à troca de tiros. Uma mulher tenta impedir que o bolsonarista execute o aniversariante.
Marcelo Arruda fica no chão à espera de socorro. Ele morreu enquanto ainda era socorrido. Também baleado, Jorge foi agredido por dois homens. Ele está internado em estado grave.
*Com informações Portal BHAZ.