Não adianta inventar CPI para querer me tirar do poder, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quinta-feira (24/6), que “não adianta inventarem” uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para querer tirá-lo do poder.
O Senado Federal conta com uma CPI para investigar ações e omissões do governo federal. Durante agenda no Rio Grande do Norte, o chefe do Executivo federal pediu para que o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), siga o seu exemplo de estar sempre no meio do povo.
“Estamos juntos e juntos prosseguiremos. Não adianta inventarem CPI pra querer me tirar do poder. Lá, sete senadores, tendo à frente Renan Calheiros, dizem que eu não dou bom exemplo na questão da pandemia”, disse Bolsonaro.
“Renan Calheiros, siga o meu exemplo, seja honesto. Faça o que eu faço, venha para o meio do povo. Não tem culhão para isso. Esse povo é o nosso oxigênio. A esse povo nós devemos lealdade e ao lado de vocês [povo] nós atingiremos o nosso objetivo”, prosseguiu.
Covaxin
No evento, Bolsonaro disse que o acusam “de quase tudo, até de comprar uma vacina que não chegou no Brasil”, em referência ao imunizante indiano Covaxin. Mais cedo, ele afirmou que se algo estiver errado em relação ao acordo firmado com o Ministério da Saúde, o governo vai apurar.
De acordo com documentos do Tribunal de Contas da União (TCU), a vacina indiana Covaxin foi mais cara negociada pelo governo federal, custando R$ 80,70 a unidade. O valor é quatro vezes maior que o da vacina da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a AstraZeneca, por exemplo.
A CPI da Covid investiga por que o governo agilizou os trâmites na compra da vacina indiana. Segundo um levantamento do TCU, o Ministério da Saúde levou 97 dias para fechar o contrato da Covaxin, enquanto demorou 330 dias para ter um acordo com a Pfizer.
Com Informações do Portal Metrópoles.