A lealdade canina é eterna. Esta cachorrinha não quis se afastar da tutora morta e emocionou. Confira o vídeo:
Depois da morte da tutora de Dita, uma cachorrinha chihuahua mestiça de cinco anos, ela foi adotada e acolhida pela filha, Theresa, e seu marido, Mike Morini. Mesmo assim, a peluda ficou inconsolável com a perda.
A mãe de Theresa morreu aos 86 anos, de insuficiência cardíaca. Foi uma situação bastante difícil, porque as duas eram muito apegadas. As informações e imagens foram fornecidas pela atual tutora de Dita ao Inside Edition, noticiário da CBS transmitido pelas redes sociais.
O vídeo
Em uma visita ao cemitério, Theresa acreditou que seria agradável para a cachorrinha dar uma volta ao ar livre. Dita estava muito triste em casa, sempre procurando a tutora amada. Mesmo sendo gentil com os parentes atuais, ela percebia que alguma coisa muito importante estava faltando na vida dela.
Mike e Theresa levaram a cachorrinha, mas, de alguma forma, ela percebeu que alguma coisa da antiga tutora estava presente. Ela farejou a sepultura, olhos em volta como se estivesse procurando e deitou-se na grama fria.
Enquanto a atual tutora organizava o local, colocando flores e retirando folhas secas, Dita permaneceu deitada, como se tivesse encontrado o seu local predileto. No momento de ir embora, no entanto, a cachorrinha se recusava a obedecer aos comandos.
No vídeo, é possível ouvir a tutora chamando: “Vamos embora, Dita. Vamos embora. Meu Deus, você está me fazendo chorar”. A cena é realmente emocionante, é mais uma prova da lealdade canina. Ela queria ficar com a amiga que a acolheu, cuidou e mimou durante cinco anos. Se a companheira – ou alguma parte dela – estava lá, era ali que ela queria ficar.
À reportagem, Theresa explicou que Dita raramente se afastava do lado da mãe. “Ela a seguia por todos os cantos da casa, desde que acordavam até que se recolhiam à noite”. Até mesmo quando a tutora foi internada, os parentes davam um jeito de entrar com a cachorrinha, para confortar e alegrar um pouco a paciente.
Desde a primeira visita ao cemitério, Theresa tem levado Dita com frequência para visitar o local em que a amiga querida está enterrada. Ela já conhece o itinerário, fica excitada quando o carro está se aproximando e corre em disparada em direção à sepultura quando a família finalmente chega ao destino.
As reações
Theresa acredita que, de uma maneira ou de outra, o espírito da mãe está presente no cemitério e, por isso, Dita é atraída para a sepultura, como se fosse um local conhecido, seguro e confortável. Na internet, centenas de pessoas comentaram as publicações.
Muitos internautas compartilharam histórias de cães que tiveram de se separar dos seus tutores mortos depois de um longo tempo de convivência, da tristeza e do luto que viveram por muito tempo – alguns, até a morte.
Outros lembraram histórias famosas, como a de Hachiko, o cão japonês que permaneceu indo à estação de trem todos os dias, depois da morte do tutor – era hábito do cachorro esperar o tutor para voltarem juntos para casa, no final do dia.
Também foi lembrado o caso de Tally Ho, um cãozinho que atravessou os desertos do outback australiano em busca do tutor, um motorista de ônibus já falecido (a história foi contada no filme “Red Dog”, de Kriv Stenders, lançado em 2011).
Até mesmo uma história mais antiga, do século 19, foi rememorada. Alguns internautas fizeram um paralelo entre o comportamento de Dita e o de Greyfriars Bobby, um skye terrier escocês que guardou o túmulo do tutor por 14 anos, até sua morte em 1872.
Mas, mesmo quem não tinha uma história pessoal para contar, se emocionou com o episódio de Dita. A lealdade que os cães oferecem aos humanos é a mesma em todos os casos, mesmo que não haja fatos como os desta cachorrinha para serem narrados.
Os cães estão sempre juntos dos tutores, esperam-nos acordar de manhã, levantam-se durante a noite – às vezes, cambaleando de sono – para acompanhar os companheiros à cozinha ou ao banheiro –, fazem uma festa imensa quando a família volta a se reunir ao final de cada dia.
Em troca, eles pedem muito pouco. Cães gostam de agradar – e talvez por isso a parceria entre peludos e humanos tenha se perpetuado por milênios. Eles são verdadeiros exemplos de amizade e comprometimento, em qualquer situação. Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. Até mesmo na morte.