Por Tiago Monteiro Tavares
Cadê o “busão”?
Com a retomada das atividades comerciais de forma presencial, aumentaram as reclamações dos usuários do transporte público de Poços de Caldas quanto ao serviço prestado pela empresa Auto Omnibus Circullare. As denúncias de que a empresa não está cumprindo com a totalidade da frota irritou os vereadores, que não aguentam mais receber reclamações da população.
Cobrança ao Executivo
Após apresentação de requerimento pelos vereadores Douglas Dofú (DEM) e Luzia Martins (PDT) cobrando uma ação concreta da Prefeitura para que a Circullare coloque toda a frota na Rua, todos os demais vereadores assinaram o documento e fizeram uso da palavra para reclamar da falta de atenção por parte do Executivo nas respostas à Câmara.
Não temos a caneta
“Nós não temos a caneta. Isso cabe ao Executivo e ele precisa dar uma resposta a nós e resolver o problema. Tudo o que vem nós aprovamos e, depois, não temos resposta?”, questionou a vereadora Regina Cioffi (PP).
Oposição, Só Que Não
O vereador Thiago Braz (Rede), no uso da palavra, destacou que “Até parece que é coisa de oposição, só que não”! Para ele, é preciso mais atenção por parte da Prefeitura para as demandas da população e a reclamação não é “coisa de oposição”.
Até Bolsonaro responde
Braz concluiu sua fala registrando: “Até o Bolsonaro responde às nossas Moções. E a Prefeitura? Não!”
Cumplicidade nível máximo
Foi protocolado na Câmara Municipal de Poços um Requerimento (nº1418/21), de autoria do vereador Wellington Paulista (DEM) e assinado por 11 dos 15 vereadores, manifestando “votos de congratulações” ao prefeito Sérgio Azevedo pelas ações de comemoração do aniversário de 149 anos da cidade. Enquanto artistas locais e a população reclamam da falta de espaço no evento para a cultura local, os nobres vereadores manifestam suas “congratulações” ao prefeito.
Tempo e recursos públicos
Parece até piada, apresentar uma proposta legislativa para parabenizar o Executivo por algo que é sua obrigação. Isso toma tempo de trabalho de servidores e vereadores, gera custo com equipamentos e energia, além de ocupar a pauta da Casa que poderia estar sendo utilizada para atender aos interesses da população.
X 4 parte 2
A decisão do Conselho Municipal de Saúde, ligado à Secretaria de Saúde de Poços, de pagar as cirurgias eletivas do Programa Pocos+Saúde com preço quatro vezes superior ao da tabela do SUS, conforme o Alô Poços noticiou ontem em primeira mão, quase passou em branco pelos vereadores. Da Tribuna, o vereador Douglas Dofú (DEM) cobrou explicações da Prefeitura e anunciou que apresentará um requerimento de informações ao Executivo. A pergunta é: não havia outra forma de “compensar” a Santa Casa e o Santa Lúcia pelas perdas e dívidas do Poder Público para com essas instituições?