Por Tiago Monteiro Tavares –
Injúria
A sessão da Câmara Municipal para a votação do Plano Diretor virou caso de polícia. Tivemos acesso ao Boletim de Ocorrência lavrado na madrugada de quarta-feira (15) na Casa. O Presidente, Marcelo Heitor (PSC), acusa Gracie Kelly, esposa do vereador Diney Leon (PT), de injúria por ter lhe chamado de facista e machista. Questionada pelos policiais, Kelly admitiu apenas a parte do machista. Ambos assumiram o compromisso de estarem frente a frente nas pequenas causas.
Nova visão
A votação do Plano Diretor acendeu a luz vermelha na ‘Casa Amarela’. Autoconsiderados exímios estrategistas, acreditam que conseguirão conciliar os interesses na candidatura a deputado estadual de três importantes vereadores da base até a eleição. A questão é que a avaliação de que alguns dos nomes na disputa pelo apoio do Executivo Municipal estão mais atrapalhando do que ajudando. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!
Disputa acirrada
Três vereadores disputam o apoio do Executivo para a candidatura a deputado estadual: O presidente da Câmara, Marcelo Heitor (PSC), o líder do governo, Flávio Togni de Lima e Silva, e Dra. Regina Cioffi (PP). A postura na aprovação do Plano Diretor será crucial para a definição do grupo! Há quem diga que agora todos sabem com quem se pode contar a qualquer tempo.
Amigo Promotor
O Programa Amigo Promotor, comandado pelo promotor de Justiça Dr. Glaucir Antunes Modesto, na Rádio Estúdio FM (87,9) – www.estudio87.com.br – recebe hoje, às 10h30, os advogados Otacílio Andreatta e Thaís Riberio, Presidente e Vice-Presidente da Subseção da OAB/Poços. Imperdível!
A vitória de Anastasia
Nos corredores do Congresso Nacional não se fala em outra coisa a não ser a vitória de virada do senador Antônio Anastasia (PSD/MG) para o Tribunal de Contas da União (TCU). Ele ganhou da até então favorita, senadora Kátia Abreu (PP/TO) por 52 X 19. A base bolsonarista abandou Kátia na última hora. Isso porque o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), acenou a Bolsonaro que o partido não deve aderir ao time de Lula, sem a filiação de Alckmin, que optou pelo PSB para ser vice de Lula.
Negociações
Com o ano praticamente acabando os partidos políticos estão avançando nas negociações para eleição de 2022. As federações partidárias deve ser a saída para muitos partidos para vencerem as imposições das novas regaras eleitorais e seguirem no jogo.
PT, PSB e PCdoB
Duas federações já estariam na reta final das negociações no espectro da esquerda. Uma capitaneada pelo PT, para abrigar PSB e PC do B, que se amarrarão por quatro anos, período em que poderão funcionar como estruturas partidárias independentes, mas com um só líder em cada casa legislativa, com ação política unificada e acesso ao Fundo Partidário, conforme legislação específica.
Rede e PV
Ainda na esquerda, Rede e PV devem também recorrer à Federação para sobreviverem. O alinhamento das duas siglas na causa ambiental facilita as alianças regionais.
PDT e Psol
PDT e Psol seguem sozinhos, pelo menos por enquanto, mas todos têm até abril o prazo final da Lei para essa opção. A operação da PF contra os irmão Ciro e Cid Gomes no Ceará, ontem, por suspeitas de desvios nas obras do Estádio Castelão, em Fortaleza, podem complicar as alianças do partido que, no campo político da esquerda, está mais isolado assim como o Psol.
União Brasil
A fusão do Democratas com o PSL, que dará vida ao União Brasil, tenta convencer o Podemos que o até-então presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, possa ser o vice de Sérgio Moro. O difícil será conciliar os interesses políticos das três legendas. Em Poços, uma composição seria praticamente impossível.
PSD I
O presidente nacional do partido Gilberto Kassab constrói com frieza e paciência palanques regionais essenciais a qualquer candidato ao Palácio do Planalto – e já os tem garantido em Minas, Rio e Santa Catarina, restando agora consolidar o de São Paulo, onde deve ficar com Rodrigo Garcia, já que Márcio França e Geraldo Alckmin estão praticamente fechados com Lula.
PSD II
O maior problema para o PSD são os palanques regionais. Aqui entra e se explica a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ela tem objetivo claro e pragmático: liberar os candidatos federais do partido para atacar ou defender o governo Bolsonaro nas suas campanhas conforme suas conveniências, ditadas pelas circunstâncias regionais. Antes de candidato, Pacheco cumpre uma missão: a de reservar a escolha do partido para o segundo turno das eleições presidenciais.