Planejamento e conhecimento
O resultado das urnas mostra que política e campanha não é para qualquer pessoa. Principalmente, a função de coordenação e, antes disso, a necessidade da realização de um planejamento estratégico minucioso e de se ter ação política concreta, de base, não apenas de presença em Redes Sociais. Sem isso, só contando com muita sorte, popularidade ou dinheiro.
A grande lição
Em política, mais importante do que ganhar a eleição é sair dela maior do que entrou. A oposição ao prefeito Sérgio Azevedo (PSDB), apesar de dividida em pelo menos três candidaturas, conseguiu esse feito, assim como outros candidatos mais próximos à Casa Amarela. A partir de agora, as sucessões na Câmara Municipal, que acontecerá dentro de 3 meses, e a sucessão na Prefeitura, daqui 2 anos, começarão a dar o tom das grandes disputas que vem pela frente.
Só subindo!
O partido que saiu mais fortalecido das eleições gerais do domingo na região foi o União Brasil, que elegeu o deputado federal Rafael Simões, ex-prefeito de Pouso Alegre, com mais de 144 mil votos, além do deputado estadual Rodrigo Lopes, ex -prefeito de Andradas eleito com quase 30 mil votos. O União será o maior concorrente à sucessão de Sérgio Azevedo na Prefeitura.
Verdadeira União
Para isso, precisar conter algumas emoções e brios internos e começar a costurar uma aliança de peso que envolva outros partidos. O vereador Douglas Dofú (União) coordenou a campanha de Rodrigo Lopes em Poços de Caldas e saiu vitorioso. Certamente vem ganhando força para se credenciar as próximas sucessões locais.
Credenciados
Alguns nomes são ‘credenciados’, digamos assim, para a sucessão municipal, daqui 2 anos: Celso Donato (PSD), com 16.254 votos; Marcelo Heitor (PSC), presidente da Câmara Municipal, teve 12.703 votos; Dra. Regina Cioffi (PP) com 10.301 votos; Diney Lenon (PT) com 9.973 e Lucas Arruda (Rede) com 8.525 votos.
Honrar os compromissos
Passada a campanha eleitoral é chegada a hora dos candidatos pagarem as dívidas da campanha e fecharem a prestação de contas. Em Poços, tem gente que está desesperada e sem saber como fazer para honrar o compromisso, principalmente, com cabos eleitorais.
Cabos eleitorais
Tem também àqueles que acreditaram em seus partidos e não receberam nada ou muito menos do que havia sido prometido. Agora, estão “passando o pires” para que os cabos eleitorais não “invadam’ sua casa.
Conto do Vigário
Há também um candidato que, apesar de alguma experiência, tomou um grande tombo de um cacique partidário que havia lhe prometido uma boa grana (R$250 mil). No final, saiu com a dívida, viu o cacique ser eleito e teve um número de votos que não o credencia, sequer, para as eleições de 2024, na sucessão do prefeito. Caiu no “Conto do Vigário”!
Racha custou caro
Se o PT não tivesse se dividido em duas candidaturas para federal e uma estadual teria obtido resultado muito melhor, inclusive do que o próprio candidato da Prefeitura, Celso Donato, o mais votado na cidade com cerca de 13500 votos.
Transferência
Outra coisa que restou evidente nas eleições de domingo foi que voto não se transfere para qualquer um. Lula ganhou em Minas, mas Kalil e Silveira perderam feio para Zema. Por sua vez, Zema não transferiu votos para seus candidatos ao Legislativo e terá de fazer grandes alianças para o segundo mandato, tanto na Assembleia Legislativa quanto no Congresso Nacional. Bolsonaro também não conseguiu transferir votos para Carlos Viana e o prefeito Sérgio Azevedo, por sua vez, para Celso Donato.