“D. Flor e seus três candidatos”
Tem chamado a atenção de observadores da política sulfurosa que “proseiam” nos cafés da cidade e conhecem como poucos o xadrez local, a força que o prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) tem feito para tentar se aproximar dos três vereadores que são pré-candidatos a deputado estadual –Marcelo Heitor (PSC); Dra. Regina Cioffi (PP) e Flavinho Lima e Silva (PSDB).
Um dia “de cada um”
Um dia ele diz que um deles é seu candidato a estadual em evento público, no outro sai para “conhecer as demandas” da cidade com outro junto ao secretário de obras e por aí vai. Crê que conseguirá manter os três perto, a CPI controlada e todos pedindo votos para seu candidato a federal. Vai custar caro e o resultado será o inverso! Fica a dúvida: Será que existe legislação eleitoral?
Coronelismo
No PSDB o clima continua sendo a visão ultrapassada e arcaica dos tempos do “Coronelismo, Enxada e Voto”, obra literária de Vitor Nunes Leal, que bem descreve o pensamento coronelista brasileiro. Ao invés de apostarem em pessoas novas, carismáticas e que possuem novos ideais, insistem em “puxar o tapete” daqueles que possuem perfil oposto e crescem em meio ao eleitorado, como o vice-prefeito, Tio Júlio (União Brasil), que tem gerado ciúmes nos velhos tucanos, conforme a Coluna adiantou em 28/06/22.
União
O encontro do União Brasil em Andradas demonstrou que a nova federação formada entre DEM e PSL cumprirá o propósito de fortalecer a ambos os partidos, ao menos na região. Rodrigo Lopes, ex-prefeito de Andradas e pré-candidato a deputado estadual foi o anfitrião. Ele e o ex-prefeito de Pouso Alegre, Rafael Simões, pré-candidato a deputado federal, possuem grandes chances de se elegerem.
Capacidade de liderança
São experientes e deixaram a administração municipal com boa aprovação, possuem capacidade de articulação, boa estrutura e domínio partidário, recursos e apoio direto do deputado Bilac Pinto, presidente do partido em Minas, que transferiu a eles sua base eleitoral.
“Pra inglês ver”
Problema antigo, o Lixão de Poços está sendo desativado. A “solução” para o problema veio com a inauguração da “área de transbordo”, que na verdade é um local para que o lixo recolhido pelos caminhões na cidade seja transferido para carretas que levarão os resíduos para o aterro sanitário de Casa Branca.[leia mais sobre o transbordo acessando prefeitura-tem-que-acabar-com-o-lixao-e-gerir-residuos-solidos/]
Esquecimento
E não é que a Prefeitura “esqueceu” de pensar em como fazer com cerca de 40 famílias da zona Sul que sobreviviam na coleta de materiais recicláveis no aterro controlado da Prefeitura? Na manhã de ontem (18), trabalhadores e trabalhadoras que atuavam no local do “lixão” foram impedidas de entrar na área.
Protesto
A situação gerou um protesto mais cedo na “área de transbordo”, onde os trabalhadores atearam fogo em matérias para impedirem a saída dos caminhões. Na parte da tarde, foram tentar falar com o Prefeito, o que gerou um pequeno protesto na frente da “Casa Amarela”. Tinha mais polícia do que manifestante, o que comprova a covardia com grupo tão pequeno que deveria ser atendido por políticas públicas de apoio nessa transição.
Solução
Uma solução seria fazer uma coleta seletiva decente, com uma campanha educativa forte, somado à fiscalização dos grandes geradores de resíduos, o fortalecimento das cooperativas e a inclusão desses trabalhadores nas mesmas, além dos programas sociais e de formação profissional. Mas não, nada disso foi “pensado”.
Derrota?
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu ontem, 18, em Brasília, com embaixadores de diversos países. Voltou a atacar as urnas eletrônicas, a lisura do processo eleitoral e a criticar ministros do STF. Até ex-aliados, como o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub (PMB), pré-candidato ao governo de São Paulo, criticou o ex-chefe: “O que foi essa reunião com os embaixadores? Pra mim, foi um ensaio do discurso da derrota. Fiquei chocado com o tom, com a forma, com a substância”, escreveu Weintraub nas redes sociais.