Por Tiago Monteiro Tavares –
Orçamento
A Câmara Municipal de Poços de Caldas faz hoje sua última sessão ordinária de 2021. Na pauta, a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA 2022) e do Plano Plurianual (PPA), que estabelece diretrizes para as políticas públicas do município pelos próximos quatro anos.
Quinta ou terça-feira?
Os vereadores preparam-se para decidir entre a próxima quinta-feira (23) ou a próxima terça (28) para realizarem uma sessão extraordinária na Câmara, antes do recesso que termina em fevereiro. Deve ficar para quinta (23)! Tem vereadores que querem estar “bem longe” quando a pauta bomba da extraordinária explodir.
Pauta bomba
A Prefeitura precisa do apoio dos vereadores da base governista para aprovarem uma pauta bomba antes do recesso parlamentar. São quatro projetos essenciais para o Executivo: abono de R$ 200 reais para os servidores públicos; doação de terreno para a empresa Trigomix; Desafetação de terreno na Zona Oeste para financiar o Hospital do Câncer e o projeto do subsídio de R$ 2,4 milhões para a empresa Circullare.
Conhecendo o imóvel
Para evitar surpresas desagradáveis e ajudar a convencer os vereadores a aprovarem a desafetação do terreno para construção do Hospital do Câncer, que na verdade será um Centro Oncológico, o prefeito Sérgio Azevedo, e o secretário de Governo, Celso Donato, promoveram uma visita ao imóvel juntos aos vereadores da base. A visita ao terreno aconteceu na tarde de ontem, conforme o Alô Poços noticiou em primeira mão. Segundo a Prefeitura, o terreno vale R$ 25.579.042,60.
Recursos suficientes
O Alô Poços ouviu dois especialistas em gestão hospitalar que garantem que R$ 25 milhões é suficiente para a construção de, ao menos, um centro cirúrgico e uma ala ambulatorial, o que mudaria o status de “Centro Oncológico” para “Hospital do Câncer”. Aguardemos o desenrolar dessa “estória”.
Pelos corredores
Na terça-feira passada (14), a reunião entre os vereadores da base e o prefeito para tratar da aprovação do Plano Diretor, aprovado naquela mesma noite, deixou os presentes na reunião boquiabertos. É que o vereador Silvio Assis (MDB) apelou com o secretário de governo, Celso Donato (PSDB), durante as negociações da votação. Quem estava presente se assustou ao terem de separar os dois e, ao deixar o gabinete do prefeito aos berros, Silvio viu Donato sair pelos corredores da Prefeitura para trazê-lo de volta. O resultado todos viram depois na votação.
Sossega leão
Os articuladores do governo local já perceberam que a união do grupo governista a duas candidaturas, uma a deputado estadual e outra a federal, será complicada entre a base governista. Já preparam um “sossega leão” para acalmar dois ou três buchas de canhão que acabarão de fora da aliança. A dose precisará ser minuciosamente calculada, sob pena da criatura avançar sobre o criador!
Lula e Alckmin
Petistas e peessedebistas estão se perguntando qual o ganho real da aliança entre os ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Para o PT, é a vacina contra o discurso do Lula intolerante. Para o PSB, a chance de ter o apoio do PT em cinco estados estratégicos, inclusive em São Paulo. Quem perde mesmo é o pessoal do PSDB, que terá de lidar com o desgaste da aliança em todos seus palanques locais e regionais. Em Poços, não será diferente. Com a baixa popularidade de Doria na cidade e a mácula da Aliança Lula/Alckmin, terá candidato com dificuldade de se “desamarrar”.
Climão
Após as denúncias, ofensas e mágoas sobre os efeitos da aprovação do Plano Diretor pela Câmara Municipal na semana passada, muitos na Casa temem a tensão que haverá entre oposição e governo. Foram lavrados Boletins de Ocorrência e a situação esquentou na parte jurídica. Teve até invasão e polícia na presidência da Câmara e servidor agredido. O ‘climão’ ainda impera e precisará de alguém com habilidade política para colocar panos quentes na confusão.