Rio das Flores
A Câmara Municipal aprovou ontem (15), em primeira discussão e por unanimidade, projeto de lei que autoriza a DME Energética S.A. (DMEE) a participar da Sociedade Companhia Energética Rio das Flores, em Santa Catarina. O investimento previsto é da ordem de pouco mais de R$ 24 milhões e, com isso, amplia a aquisição de ativos de geração elétrica. O projeto gerou um debate de cerca de uma hora, momento em que o presidente do Conselho Administrativo do DME, Cícero Machado de Moraes, subiu à Mesa Diretora da Casa e explanou por mais de uma hora para responder a questionamentos dos vereadores sobre a polêmica aquisição.
Última hora
O projeto estava tramitando na Câmara há algumas semanas, mas só após a publicação de valores e falta de documentos que comprovavam a situação financeira da empresa a ser adquirida, a diretoria do DME resolveu ir à Câmara e esclarecer alguns pontos obscuros. O grande problema é que os documentos que tratam da avaliação da empresa a ser comprada são sigilosos porque foram produzidos por uma consultoria, contratada pelo DME, para avaliar a viabilidade da compra. Além disso, questões contratuais impedem a divulgação de informações. Os vereadores prometem utilizar a semana até a próxima votação do 2 Turno para avançarem na análise das informações.
Empenho máximo
A Coluna conversou com diversos vereadores que relataram disposição ímpar da parte do presidente do Conselho do DME, Cícero Machado, em explicar a situação. Quanto ao valor do negócio, o Alô Poços apurou os estudos do DME estabeleceram o corte de R$24mi, e a consultoria estabeleceu o valor máximo para a aquisição, que é inferior a esse montante. Contudo, o valor estabelecido pela consultoria, que torna a aquisição favorável, não pode ser revelado por se tratar de uma informação estratégica para o negócio.
Infrações legais
Segundo informações repassadas pela diretoria do DME aos vereadores, revelar essa informação não só comprometeria o negócio, como poderia vir a configurar crime (art. 153 do Código Penal). Infração também à Lei 9.279, que trata dos segredos industriais. “Se o vendedor descobrir quanto custa, segundo a auditoria contratada pelo DME, vai querer o valor da consultoria,” explicou Machado.
Hospital do Câncer
Após a pressão da oposição no caso do Hospital do Câncer e a falta de interessados em comprar o tal terreno no Jardim Coutry Clube para financiar a obra, conforme anunciado no começo do ano pelo prefeito Sérgio Azevedo (PSDB), o mesmo decidiu que precisa começar a obra e ordenou que se façam estudos de remanejamentos para que, ao menos, R$ 10 milhões possam estar disponíveis nas próximas semanas para o início das obras, conforme o Alô Poços revelou na semana passada.
Caça as bruxas
Segundo informações repassadas a Coluna, o prefeito não gostou nada de saber que sua intenção em adiantar o dinheiro havia “vazado” para imprensa. Nas vésperas das trocas do comando das Secretarias municipais para desincompatibilização dos candidatos a deputado estadual e federal, tem gente que pode perder a chance de assumir uma das pastas mais importantes da administração municipal. Nos bastidores, a briga é grande e o ciúmes, maior ainda!