Por Tiago Monteiro Tavares –
Reunião Executivo x Legislativo
Na véspera do início dos trabalhos na Câmara Municipal de Poços de Caldas o Prefeito, Sérgio Azevedo (PSDB), convidou todos os vereadores para uma reunião em seu gabinete na ‘Casa Amarela’, na tarde de ontem (07). Sérgio pregou a harmonia entre os poderes e explanou sobre as prioridades da Prefeitura neste início de ano legislativo e eleitoral.
Presentes
Atenderam ao convite do chefe do Executivo 11 dos 14 vereadores. Os quatro que não participaram do encontro em momento algum foram os vereadores: Diney Leon (PT) e Ricardo Sabino (PSDB) e as duas vereadoras mulheres: Dra. Regina Cioffi (PP) e Luzia Martins (PDT).
Cobranças
Os vereadores aproveitaram para fazer suas cobranças ao Prefeito Sérgio. Entre as principais reclamações estavam a falta de diálogo do Executivo com a Câmara antes de votações importantes, a falta de informações para embasar as votações, a ausência de respostas aos pedidos de informações e o atendimento das demandas dos vereadores pela Prefeitura através das Indicações. Até a oposição, representada pelos vereadores Lucas Arruda e Tiago Braz, ambos da Rede, pregou a união entre os poderes.
Prioridade
A prioridade da Prefeitura é a votação do projeto que altera o regime dos servidores públicos para estatutários. O prefeito pediu ajuda a todos os vereadores para aprová-lo, com qualidade e rapidez, uma vez que o futuro da saúde financeira do município está em jogo caso o projeto não seja aprovado.
Folha alta e saúde financeira em risco
Segundo fontes presentes na reunião, o prefeito explicou que a folha da Prefeitura hoje possui cerca de 6.800 funcionários a um custo de R$ 34 milhões/mês. Caso o projeto não seja aprovado, esse custo deve aumentar nos próximos anos para 40 milhões/mês, o que pode comprometer o caixa e inviabilizar até mesmo o pagamento em dia dos salários.
Aumento dos estagiários
A oposição cobrou o aumento do pagamento dos estagiários, que hoje recebem cerca de R$ 400,00 da Prefeitura. Ouviram do Executivo que se passasse para R$ 1.200, um salário mínimo, a conta já custaria mais R$ 40 milhões ao ano e a situação financeira explodiria de vez.
Alimentação e Fundeb
Mesmo diante a situação financeira delicada, ficou acordada a votação de dois projetos na sessão de hoje (8), a primeira do ano na Câmara Municipal, que deve contar a tradicional presença do prefeito Sérgio Azevedo. O aumento de R$ 200 no vale alimentação para os servidores municipais e, mesmo a contragosto do Executivo, o projeto que autoriza o rateio do FUNDEB para profissionais da Educação. O governo chegou a trabalhar contra, mas após a derrubada do parecer do pastor Wilson (DEM) na CCJ na semana passada, a ‘Casa Amarela’ decidiu mudar de ideia para evitar outra derrota, já que o projeto é de autoria conjunta de 6 parlamentares e necessita apenas de oito votos para ser aprovado.
Esperando as definições
No sábado (05), integrantes do Democratas no município estiveram reunidos no Bar JK, no Maria Imaculada, para descontrair enquanto aguardam definições sobre o rumo da legenda. Na semana passada, eles se reuniram com o deputado Olavo Bilac Pinto Neto, presidente do partido em Minas Gerais. O DEM aguarda o julgamento amanhã (09), no STF, sobre o futuro das federações partidárias para definir a união com o PSL, formando o União Brasil. O maior entrave hoje para que o União saia do papel é o impasse para liberação das bancadas a apoiarem Lula ou Bolsonaro.