Preciso ler?
Sim. A professora Letícia Flores, da plataforma Stoodi, diz que “a leitura pode estar associada ao prazer e não como uma meta para vestibulares, mas tem o papel de ampliar o vocabulário e manter a mente fazendo sinapses o tempo todo — quando estamos lendo, há um esforço mental que exige interpretação de texto para entender aquele contexto da história, figuras de linguagem, estabelecer metáforas, comparações ou para fazer críticas sociais. A leitura nos mantém com a mente viva”. Como ela pode ajudar no Enem? Além de ampliar o vocabulário, a leitura garante repertório para a produção dos textos.
Devo escrever todo dia?
Para Marcos Penteado, professor de língua portuguesa da Universidade Estácio,tododia é uma forma de aprender um pouco e incluir hábitos. “Quanto mais se lê e escreve, melhor será a escrita, a pontuação e o desenvolvimento das ideias. Escrita é a prática.” Para o Enem, vale produzir textos com base nos temas de redação de edições anteriores e pedir a um professor que os leia e corrija. Além do treino, vale observar quais foram os erros e corrigi-los.
Eis a questão: como melhorar na redação?
“Para a redação do vestibular, especificadamente, temos que entender qual o gênero textual pedido; na maioria dos exames e especialmente no Enem, a redação é dissertativa argumentativa. É importante entender qual é a estrutura desse tipo de texto e qual é a função de cada uma das partes do texto. E… treinar, não tem jeito. Melhor jeito de produzir uma boa redação é enfrentando o desafio que é colocar suas ideias no papel”, reforça Letícia.
Estudar todo dia
“No caso dos estudos mais específicos, é muito importante que o aluno tenha muito claro para si qual é a meta que ele quer atingir e seu objetivo, e de que forma os estudos estão inclusos como um passo a passo para alcançar essa meta. Então o mais importante é ter em mente que os estudos fazem parte de um cronograma e de uma construção diária, para que no final da prova os estudantes consigam dar o melhor de si”, destaca a professora Letícia Flores.
Conhecimento é uma descoberta
“Na aula de literatura, o professor vai falar das obras clássicas como O Cortiço e Nove Noites cobradas no vestibular, mas os alunos devem conhecer outros autores e temas relacionados a outras culturas também, como a dos Estados Unidos, dos países europeus, Japão, cultura africana, e não ficarem restritos à língua portuguesa; busquem sempre algo novo, que enriqueça e amplie o seu repertório”, diz. Conhecimento nunca é demais.
Quanto tempo devo estudar?
Cada um determina o tempo que precisa estudar, avalia o professor Penteado, que faz um alerta: “Estudar em excesso não ajuda, só atrapalha, não existe uma quantidade de horas, e sim ‘a hora certa’ para estudar; é o momento em que o aluno se sinta confortável. Existem pessoas que funcionam melhor pela manhã, então esses estudantes devem se dedicar na parte da manhã, devem tirar esse período do dia para praticar redação e revisar”.
Por que a gramática?
Como a gramática ajuda na redação? A professora destaca: “Em todas as redações, independentemente do vestibular, concurso ou gênero textual pedido, a gramática sempre vai ser uma competência ou critério avaliado; quando entendemos esses conjuntos de regras que são as classes gramaticais, o crescimento do vocabulário de adjetivos, advérbios, como fazer a concordância corretamente dessas orações, dos períodos das frases, isso torna a leitura fluida e clara”.
Vale a pena estudar em grupo?
“Claro que funciona, o estudo individual é útil? Sim! Mas o estudo em grupo também é, porque na companhia de colegas é possível trocar informações, verificar quais são as dúvidas e esclarecer as questões”, conclui Marcos.
Saúde é fundamental!
Para concluir, a professora Letícia explica que só estudar não é suficiente. “Cuidar da saúde física e mental e adquirir o hábito de praticar atividades físicas deve fazer parte das metas de todo e qualquer estudante”.