Vereador no segundo mandato sendo o segundo mais votado em duas eleições consecutivas, 2016 e 2020, Lucas Carvalho de Arruda, 34 anos, é casado e candidato a deputado federal por Poços de Caldas pela Rede Sustentabilidade. Nascido e criado na zona rural de Poços até os 19 anos, onde trabalhava com a família em uma lavoura de café.
Com 8 anos de idade, Lucas já se interessava pela política e aos 12 anos já era representante estudantil da escola onde estudava.
Após ingressar na faculdade de Administração, através de uma bolsa de estudos, foi eleito presidente do Diretório Acadêmico do curso e, depois, do presidente do Diretório Central dos Estudantes da (PUC). Ainda durante a faculdade, realizou estágio em uma empresa multinacional, mas a vontade de se dedicar às pessoas através da política falou mais alto e ele passou a assessorar representantes do Legislativo municipal, estadual e federal.
Com atuação independente na Câmara, ele é uma das principais vozes na oposição ao prefeito Sérgio Azevedo e agora busca ser o representante da cidade em Brasília como deputado federal.
Acompanhe a entrevista:
Alô Poços – Porque o senhor decidiu se candidatar ao cargo de deputado federal?
Decidi me candidatar a deputado federal porque desde criança eu tenho vontade de colaborar para que as pessoas tenham uma vida mais justa e com mais oportunidades. Muitos já caminharam comigo até aqui para que eu esteja como vereador no segundo mandato. Nesse tempo, eu fiz e faço tudo que está ao meu alcance para que as pessoas de Poços de Caldas tenham seus direitos básicos efetivados, como acesso à saúde, educação, emprego, segurança, dente outros. Mas, agora, eu percebo que posso fazer muito mais. Como deputado federal, em Brasília, poderei defender diversas pautas com muito mais efetividade e lutar pelos interesses da nossa cidade e região, tendo muito mais chances de trazer recursos e benefícios para quem aqui vive. Aliado a isso, a conjuntura política se mostrou mais favorável a minha candidatura a deputado federal.
Alô Poços – Quais são suas três principais propostas de campanha?
Trabalhar para que o Hospital do Câncer esteja de pé e funcionando; priorizar a educação, com foco na educação em tempo integral e valorização dos professores; batalhar pela geração de empregos com boa remuneração, para que as pessoas não tenham apenas empregos, mas sim boas remunerações, o que contribui, também para melhora dos níveis de segurança.
Alô Poços – Quais propostas e projetos o senhor apresenta para Poços de Caldas e região Sul de Minas?
Em primeiro lugar, minha proposta é ser a voz das pessoas que estão aqui, lado a lado comigo, vivendo a cidade e a região. Por isso, tenho como proposta inicial ter um mandato aberto a ouvir o cidadão e a cidadã. Não adianta eu estar em Brasília e não saber o que as pessoas precisam aqui, então desejo um mandato de proximidade. Em seguida, penso que meu maior objetivo seja trazer de volta o protagonismo de Poços de Caldas e região. É fato que temos uma cidade incrível, feita por pessoas trabalhadoras, que buscam todos os dias melhorar suas vidas. Mas para que isso aconteça a cidade precisa dar oportunidade.
Há muito o que se investir na nossa saúde, nosso turismo, na nossa educação, na geração de emprego, no desenvolvimento de empresas inovadoras, na agricultura, dentre tantas coisas. Assim, enquanto representante em Brasília, poderei lutar para que programas e recursos destinados a esses setores sejam prioridade. Por exemplo, na área da saúde, é inaceitável que pessoas passem dias a fio na UPA por falta de vagas em hospitais, é inaceitável que pessoas esperem anos por cirurgias básicas, é inaceitável que gestantes tenham um atendimento incompleto no pré-natal, no parto e no puerpério e é inaceitável que pessoas queimadas sofram ainda mais por falta de vagas em hospitais especializados.
É inaceitável que uma cidade como Poços, que atende a população daqui e de inúmeras outras cidades, não tenha até hoje um Hospital do Câncer, que foi recentemente anunciado, o que me deixou muito feliz, porque fui uma das pessoas que lutou para que isso acontecesse. Mas sei que ainda é preciso muito trabalho para que esse Hospital esteja de pé e funcionando. Então, pretendo lutar para que a saúde seja prioridade máxima na destinação de recursos.
Na área da educação, temos visto um desmonte da educação de nível superior, a medida que as verbas destinadas à pesquisa são exterminadas. Nenhum país se desenvolve sem investir na ciência. Por isso, defendo que os programas como ProUni e Fies voltem a atender todos que desejam ter acesso ao ensino superior.
Eu fiz faculdade com bolsa do ProUni, então senti na pele o poder de transformação de programas como esse. O Ciência Sem Fronteiras, desde que bem aplicado, é um programa que deve voltar a existir, porque possibilita que estudantes brasileiros tenham experiência no exterior e voltem para trabalhar aqui, invertendo a lógica antiga de importar profissionais qualificados.
Além disso, o investimento na educação básica é urgente. Sempre vou estar do lado dos professores, porque são eles os agentes de mudança na linha de frente das escolas. Nossos alunos e professores da rede pública precisam estar inseridos no atual mundo conectado, por isso defendo que a conectividade seja prioridade, levando internet e aparelhos eletrônicos para dentro das escolas, com o objetivo de ampliar o acesso à educação. É preciso investir na ampliação de vagas de creches, já que as crianças precisam de cuidado e suas mães precisam trabalhar. Investir na educação básica, em conjunto com incentivos ao esporte, é possibilitar um futuro digno para crianças e adolescentes, evitando que estes sejam atraídos para o mundo do crime, com isso, toda a sociedade ganha.
No campo da geração de emprego e renda, vejo que Poços precisa ampliar e diversificar seus postos de trabalho. Hoje a cidade tem uma alta demanda do setor turístico, o que movimenta a cidade. Mas acredito que ainda podemos aumentar muito esse potencial turístico, através do cuidado com os pontos turísticos já existentes e incentivo a outros, além de potencializar o turismo regional. Também precisamos encontrar mecanismos que tragam empresas de médio/grande porte para a cidade, visando a criação de postos de trabalho. Além disso, Poços precisa se unir mais às universidades que se encontram aqui, através da realização de polos de inovação tecnológica, com incentivo às startups e valorização do jovem universitário, buscando que o mesmo seja integrado ao mercado de trabalho.
Outro setor que precisa de atenção é a agricultura, que na nossa região tem o café como protagonista. Precisamos agregar valor e diversificar o que é produzido na zona rural, para isso, precisamos fortalecer associações e cooperativas do setor, que possam estar ao lado do produtor rural para auxiliar com o conhecimento e com a representação.
Essas são algumas diretrizes principais que pretendo atuar, mas sabemos que as pautas a serem debatidas são ainda mais diversas e profundas.
Alô Poços – Quais são os principias problemas de Poços de Caldas hoje, na sua opinião?
Na minha visão, Poços é uma cidade incrível, mas que tem um potencial ainda maior. As maioria da nossa população recebe até dois salários-mínimos. Hoje em dia, esse salário não atende as necessidades das pessoas, tendo em vista os altos preços. O sistema de saúde não tem funcionado bem na nossa cidade. São muitas pessoas aguardando muito tempo em filas de cirurgia, upa lotada, falta de profissionais especializados e pacientes que precisam fazer tratamento em cidades distantes. Também precisamos aumentar a sensação de segurança nas ruas e nas casas. Não é normal que a gente tenha medo de sair de casa e ser assaltado.
Alô Poços – O que o senhor pretende fazer para ajudar a solucioná-los?
Para solucionar esses problemas é preciso união e dedicação. Para aumentar a renda das pessoas, precisamos aumentar e diversificar os postos de trabalho, ou seja, atrair empresas de ramos diversos para a cidade. A saúde tem que ser prioridade de qualquer representante. Por isso, meu compromisso é lutar para que todas as verbas necessárias sejam destinadas ao sistema de saúde, gerando leitos, cirurgias, agilidade e eficiência nos atendimentos. Para investir na segurança, precisamos investir no aumento do número e na preparação das forças de segurança. Além disso, quando priorizamos a educação, também estamos investindo na segurança, porque é só através do ensino que fazer com que nossos jovens fiquem longe do mundo das drogas e do crime.
Alô Poços – Se eleito (a) utilizará verbas indenizatórias?
As verbas indenizatórias existem para que os representantes estejam a serviço da população. Dessa forma, as verbas poderão ser utilizadas, mas somente na quantidade e na forma necessária para que eu seja o melhor deputado para Poços e região.
Veja o vídeo: