O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL) teve as contas no Twitter e no Instagram suspensas após publicar informações falsas contestando o resultado das eleições. Segundo ele, a determinação foi do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A conta no Twitter foi derrubada nessa sexta-feira, 04. Ele foi ao Instagram, que ainda estava ativo, para compartilhar um e-mail que recebeu da rede social informando sobre a suspensão do perfil.
“Nós estamos aqui para lhe informar que a sua conta no Twitter é objeto de ordem judicial que determinou a sua suspensão integral, no âmbito da Petição Cível, em trâmite no Tribunal Superior Eleitoral. Nós não podemos fornecer informações adicionais sobre o processo, nem dar conselho legal, mas você pode entrar em contato com um advogado para esse fim”, dizia a mensagem.
Live argentina contesta eleições
Nikolas Ferreira disse que a decisão provavelmente teria sido decorrente da divulgação de informações que contestam o resultado das eleições. Ele havia feito publicações sobre uma live feita ontem por um canal argentino que circula nas redes sociais bolsonaristas.
Na transmissão, um homem apresenta um “dossiê” com informações duvidosas e distorcidas sobre as eleições brasileiras, levantando questionamentos sobre a vitória de Lula (PT).
“Eu basicamente, simplesmente, transcrevi o que o argentino disse no Twitter e, provavelmente, foi por isso que derrubaram a minha conta com quase 2 milhões de seguidores. Basicamente, hoje você não pode perguntar, você não pode questionar e as pessoas não estão entendendo o quão perigoso é isso. Um tribunal que decide aquilo que você pode ou não falar na rede social”, disse o vereador de BH no Instagram.
Instagram suspenso
Já na madrugada deste sábado (5), o Instagram de Nikolas Ferreira também foi suspenso. Ele recorreu ao grupo que mantém no Telegram, com quase 200 mil inscritos, para informar os apoiadores sobre a novidade.
“Tive minhas redes sociais derrubadas por pedir ao TSE que analisasse denúncias eleitorais. Em nenhum momento afirmei, somente pedi para averiguar. É uma das funções do Tribunal. O que passar disso é narrativa da esquerda”, escreveu o parlamentar.