Servidores públicos federais dão ultimato ao governo Bolsonaro e dão prazo de sete dias para que negociações sejam iniciadas
Nesta quarta-feira, 16, ato em Brasília e manifestações em diversas cidades do país marcarão o “Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Manifestações”, envolvendo todas as categorias do serviço público federal. Além da reposição emergencial de 19,99% – perdas acumuladas nos três anos de governo Bolsonaro, quando nenhuma categoria teve qualquer tipo de reajuste – também seguirá em pauta a luta contra a PEC 32 da “contrarreforma administrativa”. Representando a Auditoria Cidadã da Dívida, a coordenadora nacional e auditoria fiscal aposentada Maria Lucia Fattorelli participará do evento em um bate-papo às 15h30 com transmissão nas redes da Fenajufe.
Este será um ultimato ao governo Bolsonaro que, há quase dois meses, ignora as reivindicações apresentadas em conjunto pelas categorias organizadas no Fonasefe – Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais – e no Fonacate – Fórum Nacional das Categorias Típicas de Estado. Caso as negociações não comecem num prazo de sete dias, o funcionalismo promete mostrar sua força com uma greve por tempo indeterminado.
A falta de reajustes é mais um dos problemas que se relacionam diretamente à dívida pública brasileira. O privilégio que o pagamento desta dívida jamais auditada possui, estando fora do teto de gastos e sem limite ou controle algum, gera escassez de recursos em todas as áreas, levando a cortes orçamentários que impactam na vida de toda a sociedade brasileira.
No folheto “Por que sobra dinheiro para juros e falta para o reajuste de servidores” explicamos de forma didática como o sistema da dívida tem alimentado os diversos mecanismos financeiros que favorecem apenas o setor financeiro. Exigir auditoria, é exigir que os recursos do Brasil sejam investidos em suas reais prioridades: seu povo e seu desenvolvimento.
*informações auditoriacidada.org.br