Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 7 em cada 10 brasileiros consideram a situação econômica atual do Brasil ruim ou péssima. Para 80% dos entrevistados, essa é uma das piores crises econômicas que o país já enfrentou.
O levantamento da CNI, feito pelo Instituto FSB, entrevistou 2.016 brasileiros a partir de 16 anos, nas 27 unidades da Federação entre os dias 18 e 23 de novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Segundo os resultados do estudo, 56% da população acredita que, em comparação com os últimos seis meses, a economia piorou. Só 22% consideram que ela melhorou. A visão de futuro está dividida: 34% estão otimistas e acreditam que a situação vai melhorar um pouco (27%) ou muito (7%); 27% acham que ela vai permanecer estável e 32% estão pessimistas. Para esses últimos, a economia ainda vai piorar um pouco (15%) ou muito (17%).
“Um olhar atento e qualificado para o cenário internacional mostra que os países que conseguiram melhor enfrentar a crise econômica gerada pela pandemia foram aqueles que contam com uma indústria forte. A solução para reverter a situação em que o Brasil se encontra passa, necessariamente, pelo investimento em inovação e pela aprovação de reformas estruturantes que melhorem o ambiente de negócios no país. Esse é o caminho para gerar emprego e renda”, comentou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
No auge da pandemia, a indústria se mobilizou para produzir equipamentos de segurança como máscaras e luvas cirúrgicas.
Inflação afetou três em cada quatro brasileiros
Um dos principais motivos para que a população tenha sentido um impacto negativo no bolso foi a disparada da inflação. Em outubro, o IPCA (índice que regula o aumento dos preços) ficou em 1,25%, atingindo 10,67% em 12 meses.
De acordo com a pesquisa, para 29% dos brasileiros, a inflação ainda deve aumentar muito. Outros 25% acham que ela vai subir um pouco. Diante das dificuldades, 74% dos entrevistados tiveram de reduzir os seus gastos, percentual igual a maio de 2020, no início da pandemia.
Entre aqueles que afirmaram terem diminuído as suas despesas, 58% dizem que a redução foi muito grande (20%) ou grande (38%).
*Fonte: Metrópoles