Pontífice adiantou a publicação de seu novo livro para esta terça-feira, 18, na Itália, para comemorar seus dez anos de papado.
VATICANO – O papa Francisco defendeu a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), que diante da pandemia do novo coronavírus e da guerra na Ucrânia, ‘mostrou seus limites’, segundo trechos de um novo livro do pontífice do qual o jornal italiano La Stampa publicou trechos neste domingo, 16. O livro intitulado “Peço-vos em nome de Deus. Dez orações para um futuro de esperança”, será publicado nesta terça-feira, 18, na Itália.
“Quando falamos de paz e segurança em nível global, a primeira organização em que pensamos é a ONU e, em particular, seu Conselho de Segurança”, diz o papa argentino em seu novo livro. “A guerra na Ucrânia voltou a evidenciar a necessidade da atual estrutura multilateral de encontrar formas mais ágeis e eficientes de resolução de conflitos”, avalia Francisco.
“Em tempos de guerra, é essencial afirmar que precisamos de mais multilateralismo e melhor multilateralismo”, acrescenta o santo padre, que lamenta que a ONU não responda mais às novas realidades. “O mundo de hoje não é mais o mesmo e as instituições internacionais devem ser fruto do maior consenso possível”, segundo ele.
A reforma do Conselho de Segurança da ONU para incluir mais países nos assentos permanentes e rotativos é uma demanda antiga da política externa brasileira, que almeja ter um espaço no conselho. Na última Assembleia-Geral da ONU, o presidente Joe Biden fez uma defesa explícita da reforma durante seu discurso. Mas mudanças como essa requerem apoio unânime dos atuais membros permanentes, o que se torna uma dificuldade frente às tensões recentes com Rússia e China
Pontífice adiantou a publicação de seu novo livro para esta terça-feira, 18, na Itália, para comemorar seus dez anos de papado
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VATICANO – O papa Francisco defendeu a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), que diante da pandemia do novo coronavírus e da guerra na Ucrânia, ‘mostrou seus limites’, segundo trechos de um novo livro do pontífice do qual o jornal italiano La Stampa publicou trechos neste domingo, 16. O livro intitulado “Peço-vos em nome de Deus. Dez orações para um futuro de esperança”, será publicado nesta terça-feira, 18, na Itália.
“Quando falamos de paz e segurança em nível global, a primeira organização em que pensamos é a ONU e, em particular, seu Conselho de Segurança”, diz o papa argentino em seu novo livro. “A guerra na Ucrânia voltou a evidenciar a necessidade da atual estrutura multilateral de encontrar formas mais ágeis e eficientes de resolução de conflitos”, avalia Francisco.
Mundo cada vez mais ‘violento’ e ‘belicoso’ preocupa o Papa, que pede ‘unidade’
“Em tempos de guerra, é essencial afirmar que precisamos de mais multilateralismo e melhor multilateralismo”, acrescenta o santo padre, que lamenta que a ONU não responda mais às novas realidades. “O mundo de hoje não é mais o mesmo e as instituições internacionais devem ser fruto do maior consenso possível”, segundo ele.
A reforma do Conselho de Segurança da ONU para incluir mais países nos assentos permanentes e rotativos é uma demanda antiga da política externa brasileira, que almeja ter um espaço no conselho. Na última Assembleia-Geral da ONU, o presidente Joe Biden fez uma defesa explícita da reforma durante seu discurso. Mas mudanças como essa requerem apoio unânime dos atuais membros permanentes, o que se torna uma dificuldade frente às tensões recentes com Rússia e China.
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Segundo o Vaticano, o papa antecipou o lançamento do livro que vem em preparação para o 10º aniversário de seu pontificado, em 13 de março de 2023.
“A necessidade dessas reformas ficou ainda mais evidente após a pandemia, em que o atual sistema multilateral mostrou todos os seus limites. Com a distribuição das vacinas, tivemos um exemplo claro de que às vezes a lei do mais forte pesa mais do que a solidariedade”, lamenta Francisco.
Por isso, o pontífice pede reformas orgânicas, para que as organizações internacionais recuperem sua vocação primordial de servir à família humana.
Francisco também se apresentou como defensor da “segurança integral”, que consiste em garantir todos os direitos (econômicos, sociais, alimentares e de saúde), e que deve ser a bússola que norteia as decisões das instituições internacionais. /AFP