Dezembro é o mês que marca, no calendário, uma homenagem ao extensionista rural (6/12). Em Minas Gerais, o trabalho de extensão rural é desenvolvido há mais de 74 anos, melhorando a vida dos produtores rurais, por meio da atuação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Somente no último ano, foram mais de 330 mil produtores, em 804 municípios mineiros.
A Emater-MG reforça, no entanto, que ainda há muito desconhecimento sobre a forte atuação do serviço de extensão rural no estado. E, para dar mais visibilidade à ação extensionista, a equipe da Unidade Regional da Emater-MG de Guanhães (Uregi), no Vale do Rio Doce, decidiu colocar placas de identificação dos trabalhos de campo em unidades de referência da região.
Atualmente, existem 115 placas espalhadas em propriedades rurais de 20 municípios atendidos pela Uregi. A proposta de elaboração das placas, com os dizeres “Aqui tem assistência técnica da Emater-MG”, foi apresentada pelo coordenador técnico regional da Emater-MG, Júlio César Merlim Gomes, em 2019.
A ideia foi inspirada em ações de empresas privadas, que costumam instalar placas nas propriedades que utilizam seus produtos.
“A gente tinha várias unidades de referência (propriedades que podem servir de modelo para outras em determinada atividade) na região e ninguém sabia que era um trabalho feito com a orientação dos profissionais da Emater-MG. Então, a gente decidiu colocar a placa para dar mais visibilidade às ações desenvolvidas pela empresa. E a resposta foi muito boa, tanto dos produtores como da sociedade em geral”, conta Júlio.
Unidade de referência
As placas são instaladas apenas em propriedades onde a ação do extensionista é referência técnica no tema abordado (agroindústria, fruticultura, manejo de pastagens, agroecologia etc.). A escolha do tema a ser divulgado na placa de identificação é realizada pelos extensionistas agropecuários e de bem-estar social, de acordo com a demanda de cada escritório local.
“Muitos produtores acompanhados pela Emater-MG passaram a pedir aos extensionistas a instalação das placas em sua propriedade, argumentando que também são atendidos pela empresa. Essa reação demonstra não só a boa aceitação das placas como o orgulho deles de ter a presença da Emater-MG, acompanhando suas atividades produtivas”, argumenta Júlio.
O agricultor Rogério Diniz de Melo foi um dos produtores que se entusiasmaram com a ideia e, atualmente, conta com três placas em sua propriedade (Fruticultura, Cafeicultura e Manejo de Pastagem).
“É uma forma de mostrar que a propriedade é referência em determinada atividade e que vem desenvolvendo um trabalho técnico sério”, afirma o produtor.
Rogério conta que ouviu vários comentários de moradores da região após a instalação das placas. “Além do reconhecimento do esforço para fazer sempre melhor, teve muita gente interessada em conhecer as tecnologias empregadas, a fim de também se aprimorar”, explica.
Reconhecimento da sociedade
Para a confecção das placas, a equipe local reaproveitou antigas placas existentes na sede da Emater-MG, que foram substituídas devido a alteração da logomarca e outras mudanças na empresa. Com o reaproveitamento do material, coube à equipe apenas conseguir os recursos de plotagem das placas, que foram obtidos junto a empresas e cooperativas parceiras.
Rogério diz que, com a pandemia de covid 19, período em que os extensionistas atuaram em regime de teletrabalho, houve a necessidade de se intensificar a divulgação dos trabalhos da Emater-MG. Então, a unidade regional buscou reforçar o reconhecimento por parte da sociedade e, ao mesmo tempo, manter os convênios da empresa com as prefeituras da região de Guanhães.
“A empresa tem que ser essencial para os municípios conveniados. A sociedade tem que saber o que a Emater-MG está fazendo e, com as placas, as pessoas passam na estrada e imediatamente identificam o trabalho feito”, ressalta o coordenador.
Com a instalação das placas, diz Júlio, a sociedade passou a perceber mais a presença da Emater-MG no campo, o que contribuiu para uma maior valorização da ação extensionista. Já os produtores tiveram mais visibilidade dos trabalhos desenvolvidos em suas propriedades, apostando ainda mais na melhoria da produção com sustentabilidade.
*Com informações do portal Agência Minas