Máscaras do tipo PFF2 oferecem quase 100% de proteção contra infecção pelo coronavírus
Desde o começo da pandemia, muitas pessoas têm utilizado máscaras feitas de tecido para se proteger contra o coronavírus. Elas são uma importante barreira com as gotículas expelidas por pessoas infectadas pelo vírus.
No entanto, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica Physics of Fluids, esse tipo de máscara tem pouca capacidade de filtração contra essas partículas.
O artigo descobriu que, para partículas com diâmetro de 1,5 micrômetros (consideradas muito pequenas), a eficácia da máscara de tecido ficou entre 2,5% a 10%.
“A eficiência é baixa porque, essencialmente, todo o ar flui através de poros relativamente grandes entre os fios, que são obstruídos apenas por algumas fibras”, escreveram os autores do estudo, que são da Inglaterra, Alemanha e França.
As simulações de fluxo de ar sugerem que quando uma pessoa respira através da máscara de pano, a maior parte do ar flui pelas lacunas entre os fios do tecido, trazendo consigo mais de 90% das partículas.
Para chegar nesta conclusão, os pesquisadores examinaram a eficácia da filtragem de partículas muito pequenas (de um micrômetro) através dos tecidos, que são feitos de fibras torcidas em fios. Em 3D, os cientistas analisam as imagens produzidas por microscopia, com o objetivo de enxergar os canais de fluxo de ar.
“Tecidos como algodão são bons para jeans, camisas e outras roupas, mas são péssimos filtros de ar”, disse o coautor Richard Sear, da Universidade de Surrey, ao site EurekAlert. “Então, use tecido para roupas e N95s ou PFF2 para máscaras”.
Máscara PFF2 é a mais recomendada
Diferente das máscaras de pano, as PFF2 tem uma maior capacidade de filtragem, “prendendo” as partículas contaminadas no filtro. Além disso, com dois elásticos (um na cabeça e outro na região do pescoço), a vedação é melhor, evitando vazamentos e, consequentemente, a entrada de partículas contaminadas por meio do espaço entre o nariz e os olhos.
Ela é indicada principalmente para locais com muita aglomeração ou de maior risco, como hospitais, mercados e farmácias, e também em momentos de aumento de casos de Covid-19.
Inclusive, um estudo do Instituto Max Planck, da Alemanha, mostrou que, se usada corretamente, as máscaras do tipo PFF2 oferecem quase 100% de proteção contra infecção pelo coronavírus. Sem máscara, a probabilidade de se infectar é de 90%, mesmo com distanciamento.
*informações Uol