Estudo sugere que estar sozinho e infeliz envelhece tanto quanto fumar

A busca pela felicidade é algo que sempre está em pauta no dia a dia do ser humano, principalmente quando ele atinge a maturidade. Porém, ter uma saúde mental fragilizada por atitudes como viver sozinho, deprimido e infeliz, pode acelerar o envelhecimento tanto quanto o hábito de fumar.

A constatação foi feita por cientistas da Deep Longevity, em Hong Kong, Universidade Chinesa de Hong Kong, e da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e reforça a importância de dar atenção também ao envelhecimento psicológico.

Os resultados publicados na revista científica Aging Us foram obtidos por um modelo estatístico que usou dados de exames de sangue do Estudo Longitudinal de Saúde e Aposentadoria da China, que tem informações de 11.914 adultos com mais de 45 anos. O método foi chamado de “relógio do envelhecimento”.

Os pesquisadores mediram a idade biológica dos participantes e compararam com a cronológica usando 16 biomarcadores sanguíneos, a exemplo de colesterol e glicemia, e outros sete parâmetros biométricos. Fatores como tabagismo, estado civil, moradia e sexo biológico foram considerados para determinar a idade biológica dos voluntários.

Os cientistas chegaram à conclusão de que é preciso viver em um ambiente psicologicamente positivo para ter uma longevidade saudável, além de não estar sozinho no decorrer dos anos.

“Usamos o relógio do envelhecimento para demonstrar com exatidão a conexão entre os aspectos físicos e psicológicos do envelhecimento. Demonstramos, com isso, que a saúde mental do indivíduo é tão importante quanto alguns fatores físicos. Por isso, o componente da psique não pode ser ignorado”, explicam os cientistas no artigo publicado.

Os cientistas foram surpreendidos pela constatação de que os fatores psicológicos, como sentir-se sem esperança ou feliz, somaram 1,65 ano à idade biológica. O efeito negativo de uma saúde mental vulnerável foi maior do que em outros aspectos mais tradicionais, como o hábito de fumar.

De acordo com a pesquisa, o relógio detectou o envelhecimento acelerado em pessoas com problemas cardiovasculares, pulmonares e hepáticos.

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