Dentro das atividades do Mês da Mulher, a Câmara recebe a exposição “A pandemia e a saúde mental da mulher”, de iniciativa da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher do Poder Legislativo. Até o final de março, será exibido um vídeo no saguão de entrada com entrevistas de cinco mulheres que passaram por momentos delicados em suas vidas durante a pandemia. Além disso, foram disponibilizadas fotos dessas mesmas mulheres com um pequeno texto sobre elas. A produção, execução e montagem são da assessora parlamentar e fotógrafa Michele Veloso.
Adriane Matthes, Cláudia Sgrile, Edna Santos, Sônia Junqueira e Márcia Freitas são as mulheres que fizeram parte desse trabalho. “Pensei muito sobre a importância desse espaço de escuta e, principalmente, pensei sobre esse espaço estar dentro da Câmara Municipal, o lugar publico de representação de um povo. Ser ouvida foi o grande diferencial na minha participação. Acredito que muitas mulheres, que assim como eu, não têm o lugar da escuta e isso nos faz muita falta. Entendo essa fala como elemento estruturador da sociedade e, sendo assim, todo o processo que foi feito para essa mostra, como a entrevista, o vídeo e a exposição, e isso estar logo no hall de entrada do prédio da Câmara, para mim, foi encantador, pois simboliza a união das mulheres em lugares comuns, públicos. Ter o espaço para falar da experiência vivida de cada uma de nós que participou da mostra é o grande diferencial que nos une, possibilitando um momento de diluição da dor e das ansiedades que nos assolam e nos sufocam nesses tempos”, ressaltou Adriane, arquiteta e Urbanista.
A abertura da exposição aconteceu nesta semana, com a presença das mulheres que participam da mostra, dos vereadores, do prefeito Sérgio Azevedo, do vice-prefeito Júlio César de Freitas, de secretários municipais e da psicóloga do CAPS Rosely Aparecida de Melo.
Segundo a presidente da Comissão de Direitos da Mulher, vereadora Luzia Martins (PDT), este é um importante momento para o diálogo de possibilidades de novas políticas públicas, principalmente para as mulheres que, além do contexto pandêmico, também experimentam novas posturas sociais conquistadas com muito empenho. “É nosso dever trazer à tona, sempre que possível, uma reflexão critica acerca das dificuldades enfrentadas pela mulher em seus diversos aspectos. O Dia Internacional da Mulher é um dia para reflexões e provocações. Achamos que não temos muitas razões para comemorar, visto às dificuldades enfrentadas pela mulher dentro do contexto econômico e social, entre eles aumento da violência, feminicídio, diferença salarial, desemprego e uma luta constante para ter vez e voz. Precisamos evidenciar tudo isso e darmos as mãos umas às outras para enfrentarmos os estigmas e preconceitos de uma sociedade voltada para o masculino”, destacou a parlamentar.
Ainda segundo Luzia, a mídia trouxe notícias das muitas dificuldades enfrentadas pela mulher frente a pandemia, por isso a importância da exposição. “Buscamos as nossas mulheres para falarem sobre suas experiências e reinvenções para, assim, podermos criar políticas públicas que atendam à demanda local e propor uma reflexão sobre o universo feminino e suas potencialidades”, afirmou.
As visitas à exposição podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 12 às 18h.