Turbidez da água é causada por substâncias químicas encrustadas nos canos da rede antiga de distribuição e se soltam devido a pressão
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais, identificou pontos da rede de distribuição com problemas gerando turbidez da água que chega a algumas residências da cidade causada pela presença de ferro e manganês que ficam encrustados na rede antiga. A informação foi dada pelo próprio diretor-presidente da autarquia, Paulo César Silva [Paulinho Couro Minas], com exclusividade para o “Alô Poços”.
De acordo com ele, não se trata de água suja e não prejudica a sua. “Nós detectamos, em um estudo que fizemos, a ocorrência de algumas redes que estão gerando turbidez na água. Na realidade não é a suja, é rede que fica encrustado ferro e manganês e devido a pressão da água fica soltando essas partículas”, explica.
O diretor observa que são redes antigas em algumas ruas e que precisam ser trocadas. Uma vez identificados esses pontos o DMAE já começa a executar obras para sanar o problema. “Vamos começar a desenvolver um trabalho nesses locais que está havendo este problema”, afirma.
Paulinho também comenta que, hoje, o DMAE já conseguiu fazer a limpeza de todos os reservatórios, o que não acontecia há vários anos. “Então, [com a limpeza dos reservatórios] constatamos que algumas ruas estão com problema na própria rede, ela cria uma crosta de ferro e manganês e, dependendo do volume e da própria pressão, solta esse ferro e manganês e gerando essa turbidez”, esclarece.
O diretor lembrou de uma demanda sobre turbidez da água que a reportagem do Alô Poços levou a ele dias atrás e que, a partir daquele momento, registraram ocorrências pontuais. “Já estamos trabalhando para resolver definitivamente. É aquela velha história, redes antigas e nós estamos trocando. Estamos fazendo grandes investimentos na zona Sul. Por isso também essas obras que você viu e, consequentemente, é um problema que nós vamos resolver. Então, se alguém reclamar, procede, vem de muito tempo, mas, já está tomando providências”, certifica.
Ele adverte, entretanto, que a troca vai acontecer “à medida que vamos identificando essas redes antigas com essa crosta de ferro e manganês, lembrando que não é água suja, não é água contaminada”.
Por fim, Paulinho Couro Minas reforça que a equipe do DMAE, após a limpeza de todos o reservatórios, realizou estudos e identificou pontos da rede de distribuição de água que estão gerando turbidez. “Claro que ela traz prejuízos, suja a roupa, trás algum dessabores há algumas pessoas e de nós temos consciência disso, mas, vamos buscar a solução para o problema, um problema que vem de muito tempo, mas, que nós pretendemos solucionar”, finaliza.