Romeiros caminham dois dias e enfrentam o frio para pedir proteção e agradecer graças conquistadas
Nem o frio, com temperaturas que chegaram a girar em torno de 10°C, muito menos a distância impediram que um grupo de fiéis saísse da cidade mineira de Itamagogi e caminhasse 85 quilômetros a pé para reverenciar Rita de Cássia, a santa das causas impossíveis, no novo santuário. A catedral, inaugurada em Cássia, no Sul de Minas Gerais, esteve em festa neste domingo, 22 de maio, data dedicada à santa.
O agricultor Marcelo Aparecido Alves estava no grupo, que saiu na sexta-feira (20), às 4h da manhã, com mochilas nas costas, e chegou por volta das 8h em Cássia. Eles pararam para acampar no caminho e se pautaram na fé para seguir. “Isso tudo por causa da Santa Rita, por causa da fé. Afinal a fé é a base de tudo, né? Sem fé a gente não é nada”, conta.
É a primeira vez que ele vai a Cássia, mas a crença dele já o levou diversas vezes a Aparecida, em São Paulo, onde tem o Santuário Nacional de Aparecida. “Para mim, já virou uma rotina normal. Vir para Santa Rita é um privilégio, eu estou vindo pela primeira vez, mas eu já sou um romeiro. Saio da minha cidade e caminho até Aparecida do Norte, por 470 km e graças a Deus, com proteção, esse ano eu completei a minha sexta vez consecutiva por lá”, diz.
Todo esse esforço tem um motivo: ele busca proteção e conta o motivo em “verso rimado”, nas palavras dele. “Eu peço proteção para todos os peregrinos, que por Deus sejam sempre abençoados. E que sejam abençoados nessa hora santa e bendita que sejam abençoados todos os romeiros pela santa divina e proteção de Nossa Senhor da Santa Rita”, afirma.
Já um dos companheiros de Alves, o também agricultor Leonício Reis de Souza, 48, morador de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, fez o percurso para agradecer. “Foi uma ansiedade danada para chegar, mas é uma promessa que eu tenho. Uma promessa minha de uma causa que eu alcancei há uns quatro anos atrás. Mas por causa da pandemia eu não pude vir antes, mas agora estou vindo e vou voltar a pé”, conta sem detalhar a graça alcançada.
*informações O Tempo