A ex-deputada Flordelis, que foi a segunda entre os cinco réus interrogados no sexto dia do julgamento da morte do pastor Anderson do Carmo neste sábado (12), afirmou que abusos cometidos por ele dentro de casa teriam motivado o seu assassinato.
“É difícil para mim falar, mas foi a ciência dos abusos que aconteceram dentro da minha casa”, disse Flordelis.
Ela afirmou que, no começo, havia uma dúvida de que sua filha, Kelly, tivesse sido abusada, e alegou que só soube da situação após a morte de Anderson. Na ocasião, a ex-parlamentar voltou a negar sua participação no assassinato.
“Eu só queria dizer pros jurados que eu não, em momento algum, eu mandei ou pensei em matar o meu marido. Eu estou na cadeia hoje pagando por algo que eu não fiz. Eu amava o meu marido. Está sendo muito difícil a vida para mim”, disse Flordelis.
Choque de informações
Contudo, a história contada no Tribunal do Júri é discrepante da acusação do Ministério Público, no qual a ex-deputada foi denunciada como mandante da execução.
Ela responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Flordelis apontou que seus dois filhos, Flávio dos Santos Rodrigo e Lucas Cézar dos Santos de Souza, foram condenados pela execução do padrasto, mas que ela não sabe quem comandou o crime, já que não estava no local.
Após cinco dias, o julgamento de Flordelis e outros quatro réus chega ao fim neste sábado (12). Os trabalhos no plenário do Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, iniciaram-se às 10h30.
*Informações e imagem: Yahoo