Vítima, de 19 anos, teria sido dopada e levada a um motel, onde ocorreu o crime.
Um homem, de 28 anos, foi preso em ação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por estupro de vulnerável, cometido contra um jovem de 19 anos, em Belo Horizonte. O suspeito foi detido em Itabira, região Central do estado. Conforme apurado, a vítima teria sido dopada pelo suspeito em uma festa e levada a um motel, onde ocorreu o crime.
Durante a ação policial, ainda foram realizadas buscas em dois endereços, identificados como a casa do suspeito, em Itabira, e a residência do primo, em Belo Horizonte. O investigado, que reside em Itabira e trabalha com e-commerce, viajava com frequência à capital. Na ocasião, os policiais recolheram dois computadores, três celulares, pen drive e o passaporte do suspeito.
Por meio de investigação, conduzida pela 4ª Delegacia de Polícia Civil Centro, os investigadores reconstruíram a dinâmica dos fatos, e concluíram sobre o crime cometido contra a vítima, que estava inconsciente e sem condições de decidir ou manifestar livremente sua vontade ou oferecer qualquer tipo de resistência.
Os dados genéticos do investigado foram colhidos para eventuais comparações com outros casos e vítimas.
Crime
No dia 15 de maio deste ano, a vítima, de 19 anos, estava com amigos em uma boate na região da Savassi, na capital, quando encontrou o investigado em um grupo de amigos em comum. O suspeito pagou uma bebida para a vítima, que logo em seguida apresentou comportamento alterado.
Em um descuido dos amigos, o suspeito retirou a vítima da boate onde estavam e a levou, em carro de aplicativo de transporte, até um motel na região Central de Belo Horizonte. O motorista, ouvido como testemunha, informou que a vítima estava inconsciente e apenas balbuciava palavras indistinguíveis durante a corrida. Ele ainda contou que ao sair do carro, a vítima caiu ao chão.
Por meio de imagens do local dos fatos, analisadas pela equipe da PCMG, foi verificado que a vítima chegou ao motel praticamente inconsciente e que, por vezes, tentou se soltar do investigado. Quando a vítima recobrou parte da consciência, percebeu que o suspeito cometia a violência sexual, momento em que conseguiu sair do local e ir para casa em carro de aplicativo. O segundo motorista também foi ouvido pela polícia e informou que a vítima ainda estava bastante atordoada, sem sequer conseguir entender que havia chegado em sua residência.
Quando os pais da vítima viram a situação do filho, acionaram a Polícia Civil, que localizou o investigado e o conduziu até a Delegacia de Plantão. À época, o homem foi ouvido e liberado por não haver provas suficientes do crime.
Por meio de investigação, a PCMG constatou que o suspeito apresentou uma versão adulterada do vídeo durante depoimento na Delegacia de Plantão da capital. Ele ainda teria retornado ao motel por vezes, após os fatos, interagindo com frequentadores e funcionários para saber se havia alguma repercussão ou ação policial no local após o crime.
*Fonte: O Tempo