A renda de 1% da população brasileira mais rica (de R$ 15,8 mil, em média) equivale a 34,8 vezes o rendimento dos 50% que ganha menos no país (com rendimento médio de R$ 453), mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2020 – Rendimento de todas as fontes, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (19).
Essa razão era de 40 vezes em 2019. Essa ligeira melhora de um ano para outro, apesar da pandemia, foi por conta do auxílio emergencial pago pelo governo a trabalhadores informais, o que evitou que a desigualdade fosse agravada.
O choque da pandemia no mercado levou o número de pessoas com rendimento de trabalho cair de 92,8 milhões para 84,7 milhões (de 44,3% para 40,1% da população), mostra o instituto.
Nesse cenário, a renda também caiu. O rendimento médio real de todas as fontes teve recuo de 3,4%, passando de R$ 2.292 em 2019 para R$ 2.213 em 2020. O maior valor foi registrado no Sudeste (R$2.575) e o menor, no Nordeste (R$1.554), a única região onde não houve queda.
Outro dado trazido pela pesquisa é que o Nordeste foi a primeira grande região do país, em toda a série da Pnad Contínua, que começa em 2012, a registrar um percentual de pessoas com rendimento de trabalho (32,3%) inferior ao das pessoas que recebiam rendimento de outras fontes (32,8%).
*Fonte: CNN Brasil