Integrantes da organização criminosa foram condenados a penas de até 32 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver
Em julgamento realizado na última sexta-feira (03), no Fórum de Alfenas, no Sul de Minas Gerais, os acusados J.S.S., G.B.S., R.G.P.S. e C.R.O.C. foram condenados, respectivamente, às penas de 28 anos, 32 anos, 21 anos e seis meses e 22 anos de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado praticado contra U.V.P., em 2019, e, ainda, pelos crimes de ocultação de cadáver e organização criminosa.
Os delitos foram praticados em 04 de maio daquele ano, na estrada vicinal do Cascalho, nas proximidades de um bambuzal, em Alfenas. Como demonstraram as investigações, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e utilizando-se de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, os acusados mutilaram e violentaram brutalmente U.V.P., ocultando, em seguida, seu cadáver. O corpo foi encontrado três dias depois em uma plantação de eucaliptos, e o fato, comunicado à Polícia Militar por ligação anônima.
De acordo com as investigações, a vítima era moradora do Conjunto Habitacional “Predinhos”, tinha envolvimento com o tráfico de drogas e havia contra ela a suspeita de ter violentado sexualmente a própria filha, à época com três anos. Segundo apurado, U.V.P. foi levado até dois dos condenados por outra pessoa e, então, conduzido até o matagal, onde foi torturado pelos acusados e morto com 39 pauladas e quatro facadas.
O delator do crime informou também aos policiais o local onde os autores do delito estavam. Os agentes de segurança pública se deslocaram, então, até a residência indicada e lá encontraram os acusados, apreendendo, com eles, uma arma de fogo, quatro aparelhos celulares e diversas folhas de caderno com registros pertinentes à organização criminosa denominada PCC. Os homens foram encaminhados para a Delegacia de Polícia, onde se descobriu que havia mandados de prisão em aberto contra dois deles em outros estados.
Após a apreensão de outros indivíduos ligados à facção criminosa PCC, os policiais tiveram acesso a vídeos com registros do homicídio, o que tornou possível a elucidação do caso e a identificação dos autores.
A acusação dos denunciados perante o Tribunal do Júri foi feita pelo promotor de Justiça Frederico Carvalho de Araújo. Não foi concedido aos réus o direito de recorrer da sentença em liberdade.
*Assessoria de Comunicação Integrada do MPMG